A Câmara Municipal de Viseu lançou hoje uma campanha para recrutar pessoas que possam ajudar, quer de forma voluntária, quer através de serviços remunerados, tendo em conta a falta de vários profissionais.
“O apelo veio da reunião da comissão municipal de proteção civil, porque a própria segurança social, que só tem três equipas de intervenção rápida, manifestou que estava com muitas dificuldades em recrutar e em encontrar soluções”, explicou o presidente da Câmara Municipal de Viseu.
Almeida Henriques adiantou que, neste sentido, foram tomadas duas decisões na reunião de quarta-feira da comissão municipal de proteção civil e uma delas foi a de lançar uma campanha em várias instituições.
O objetivo é a “procura de pessoas que possam ter qualificações, voluntárias ou não, e que possam estar disponíveis para desenvolver este trabalho” de apoio na área da saúde ou no apoio social.
“Neste momento, temos um lar em que praticamente todos os funcionários estão infetados. Foi ativada uma equipa de intervenção rápida, mas não é suficiente, porque depois há aqui alguma dificuldade no recrutamento de pessoal, sobretudo na área da enfermagem, mas também já começa a haver alguma dificuldade ao nível de pessoas auxiliares no âmbito social”, exemplificou.
Assim, uma das decisões foi a de chamar à participação nos próximos encontros da comissão da proteção civil o responsável pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional de Viseu.
Desta forma, defendeu o autarca, “pode haver uma maior interação, porque se alguém pode dar um contributo decisivo é o instituto de emprego através de pessoas que estão inscritas”.
“Quer ao recrutarem pessoas que, com a segurança social, possam prestar este serviço ou através de um programa existente que permite a estas instituições recrutarem, por via do instituto de emprego, pessoal para ocorrer a estas falhas”, disse.
A autarquia lançou também um apelo a várias instituições para recrutar voluntários, como, por exemplo, à Liga de Amigos e Voluntariado do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (LAVCHTV) para sensibilizarem os seus voluntários.
“Neste momento, esses voluntários não têm um grau de intervenção tão elevado como quando o hospital funciona na sua normalidade e, portanto, há disponibilidade desses voluntários para colaborarem”, disse.
No seu entender, “alguns desses voluntários são pessoas com alguma formação na área” da saúde e, por isso, “podem ser colocados não só ao serviço do hospital, como era habitual, mas também, por exemplo, no hospital de campanha”.
“É um problema que existe no sistema de saúde, um défice de pessoal, e, portanto, estamos a falar desse tipo de colaboração, quer no apoio social, mas também no sistema de saúde”, disse António Almeida Henriques.
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