O Teatro Viriato, de Viseu, decidiu ontem suspender a sua programação, até 13 de abril, atendendo aos riscos que o novo coronavírus pode representar para quem está nos bastidores, no palco e na plateia.
“Um teatro não é só um espelho da sua cidade e dos seus artistas, é também uma casa, um lugar ao qual podemos sempre regressar. É nessa casa que celebramos na melhor das companhias ou nos recolhemos em períodos mais solitários e difíceis”, refere, em comunicado.
Neste comunicado – dirigido ao público, aos artistas, aos amigos, aos mecenas e aos parceiros -, o Teatro Viriato explica que a decisão teve em conta as recomendações da Direção-Geral de Saúde, das autoridades nacionais e regionais competentes e do município de Viseu.
Para hoje à noite estava previsto o espetáculo de dança “Onironauta”, de Tânia Carvalho, que chegava a Viseu depois da estreia na Maison de la Dance (Marselha, França).
Segundo o Teatro Viriato, este e outros espetáculos “serão reagendados para data futura”, e os bilhetes já adquiridos mantêm-se válidos para as novas datas ou para outros espetáculos. Há também a possibilidade de reembolso.
“Estaremos por cá, a cuidar para que este seja um lugar seguro para todos nós, a receber os artistas que, mesmo na invisibilidade, continuarão a ensaiar e a criar para a comunidade e a atender os vossos telefonemas, a trocar dois dedos de conversa e a oferecer todo apoio e conforto”, refere.
O Teatro Viriato compromete-se a manter-se ligado através das plataformas de comunicação e de divulgação.
“Procuraremos sempre alternativas para estar convosco, adaptando-nos sempre aos dias que queremos limpos e à família e amigos a quem queremos de boa saúde”, acrescenta.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.
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