Entre os dias 24 de julho e 12 de agosto de 2023 realizaram-se trabalhos arqueológicos integrados no 8.º Campo Arqueológico de Carregal do Sal, com o apoio logístico do Município de Carregal do Sal, do Museu Municipal Manuel Soares de Albergaria e a colaboração do Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa (UNIARQ) e do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade de Bournemouth do Reino Unido.
Os trabalhos desenvolveram-se em 3 sítios distintos: Freguesia de Oliveira do Conde, no Dólmen de Troviscos 1, sob a responsabilidade do Mestre José Ventura; no Monumento da Víbora, sob a direção da Mestre Telma Ribeiro e Freguesia de Carregal do Sal, no complexo de Gravuras de Arte Rupestre de Cabriz, com o início do levantamento fotogramétrico e topográfico das gravuras aí existentes, também sob a direção destes dois investigadores, tendo participado nos trabalhos diversos alunos universitários das duas instituições universitárias referidas.
Em simultâneo, uma equipa da Universidade de Bournemouth, dirigida pelos Professores Fábio Silva e Sarah Elliott, procedeu à recolha de amostras botânicas em diversos sítios do Concelho, tendo em vista a construção de uma coleção de referência da biodiversidade vegetal, com o propósito de auxiliar a identificar as diferentes espécies de plantas que passiveis de serem observadas em qualquer registo arqueológico datado. Trata-se de uma etapa associada a um projeto de investigação internacional, que pretende reconstituir o coberto vegetal existente na época em que as comunidades pré-históricas construíram e utilizaram os monumentos megalíticos do Concelho. Paralelamente, esta investigação procura compreender como os nossos antepassados se integraram e interagiram com o meio ambiente e como é que foram sendo afetados pelas alterações climáticas durante estes últimos 5000 anos.
Quanto aos trabalhos de escavação arqueológica, foi possível determinar a estrutura tumular do Monumento da Víbora, cronologicamente atribuível ao período do Bronze final (há cerca de 3000 anos atrás), no Dólmen de Troviscos 1 foi possível reconhecer parte da estrutura da câmara megalítica e identificar diversos elementos com vestígios de pinturas no seu interior.
A conclusão deste intervenção, permite ter sido dado mais um importante passo rumo ao conhecimento das comunidades pré-históricas que passaram e habitaram o nosso Concelho.
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