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Câmara diz que Águas do Douro e Paiva prevê investir 72 ME para abastecer Viseu

O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse que a Águas do Douro e Paiva prevê um investimento de 100 milhões de euros (ME) para distribuir água em alta, 72 ME dos quais para abastecer Viseu.

“Na reunião de ontem [quarta-feira], a administração da empresa Águas do Douro e Paiva, na qual também participou a Águas de Portugal, foi entregue um dossiê com o que se pretende fazer, com prazos e com o investimento”, anunciou Fernando Ruas.

Desde 2022 que Viseu está em negociações com a empresas Águas do Douro e Paiva para distribuir em alta a água no concelho, em alternativa à Barragem de Fagilde, que abastece mais quatro municípios: Mangualde, Nelas, Sátão e Penalva do Castelo.

“O montante de investimento previsto é de cerca de 100 ME e, 72 ME são para as condutas principais que vêm desde Cesar, em Oliveira de Azeméis, até ao Bairro Norad”, freguesia do Campo, em Viseu, revelou.

“São mais 25 ME para fazer a distribuição pelos municípios aderentes”, ou seja, especificou, nove concelhos, oito da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões e ainda Vale de Cambra, do distrito de Aveiro, acrescentou.

Da CIM Viseu Dão Lafões estão, para além de Viseu, também os municípios de Mangualde, Nelas, Sátão, Penalva do Castelo, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vouzela.

Do investimento de 100 ME também fazem parte, esclareceu Fernando Ruas, “obras necessárias na ETA [Estação de Tratamento de Água] de Viseu para o tratamento de lamas, mas que será a Águas do Douro e Paiva a fazer”.

“O custo previsto para a água é 10 cêntimos mais baixo do que era previsto na empresa intermunicipal [criada em 2016], que, naquele tempo, era de 0,54 cêntimos por metro cúbico e aqui, este ano, é de 0,44 cêntimos na distribuição em alta”, disse.

Fernando Ruas assumiu ainda, em declarações aos jornalistas, no final da reunião do executivo municipal de hoje, que, depois desta reunião, a empresa de água iria reunir com os restantes municípios, que “estão todos de acordo com esta solução” para depois ser assinado o contrato.

“Só ficarei verdadeiramente descansado quando a situação se tornar irreversível, ou seja, o contrato estiver assinado, só aí ficarei descansado”, assegurou o autarca, lembrando todo o processo de abastecimento de água em alta, que dura há anos.

O autarca reconheceu ainda que “gostaria que o contrato fosse assinado no dia da visita” do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, para “apadrinhar” o ato e anunciar a nova barragem de Fagilde, “tal como prometeu”.

“A construção de uma nova barragem de Fagilde continua a ser necessária, que é um elemento redundante, mas serve até de prevenção, para, na eventualidade de haver qualquer problema no abastecimento, não ficarmos sem água na torneira”, defendeu.

Fernando Ruas escusou-se a adiantar datas e prazos que constam do dossiê da Águas de Portugal, apesar de admitir que “este ano, com certeza, já não arrancam as obras” para colocação de condutas.

“Mal haja uma reunião conjunta com os municípios, que deverá acontecer em Viseu, e uma reunião com o ministro [do Ambiente] vai ser anunciado, até em termos de objetivo, o ano em que elas [as obras] vão começar”, concluiu Fernando Ruas.

Lusa

 

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