O presidente da Câmara Municipal de Viseu defendeu que a PSP tem de ter uma “atuação mais firme e assertiva” na fiscalização do trânsito da cidade, apesar de reconhecer que “faltam efetivos”.
“O senhor ministro da Administração Interna tem de assegurar, através da PSP, um reforço de efetivos necessários para melhorar o policiamento e, por outro lado, a PSP tem de ter uma atuação mais firme. Com toda a boa relação que temos, acho que a PSP tem de ser mais assertiva na forma como faz a fiscalização do trânsito”, considerou António Almeida Henriques.
O autarca explicava aos jornalistas que “é inadmissível a quantidade de carros em segunda fila que Viseu tem” e, por isso, “é preciso atuar sobre isso e é preciso atuar sobre os estacionamentos indevidos”, porque “algumas avenidas estão caóticas” com as filas de trânsito.
“É preciso combater o estacionamento em segunda fila, porque prejudica não só os cidadãos que circulam, mas também os transportes urbanos, porque muitas vezes ficam parados os autocarros, porque há carros parados em segunda fila, mas também sabemos que, muitas vezes, a falta de atuação da PSP deriva da falta de efetivos”, explicou.
Estas declarações foram feitas em conferência de imprensa, após reunião ordinária do executivo, na qual o autarca anunciava a presença, ainda este mês, do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para “assinar o contrato local de segurança que visa alargar ao centro histórico e aos bairros periurbanos”, que estava previsto acontecer em 2019, mas que, por coincidir com a altura das eleições, foi adiado.
O presidente de Câmara disse que espera “poder tratar estas questões do reforço de policiamento em Viseu e outras matérias”, já que na reunião que aconteceu em Lisboa, “há mais ou menos um mês”, já foram apresentados os seus argumentos.
“Eu disse ao senhor ministro que Viseu não pode ser olhado como outra cidade qualquer, se crescemos do ponto de vista de população, de atividade, de eventos, se trazemos mais turistas à cidade, também terá de haver reforçado dos efetivos”, argumentou.
O autarca também referiu “um aumento de população, nomeadamente de estrangeiros, uma vez que se estima, atualmente, cerca de 5000 estrangeiros a residir” no concelho o que, no entender de Almeida Henriques, se nota “no tráfego rodoviário e pedonal, há muito mais pessoas a circularem na cidade”.
A videovigilância para o tráfego rodoviário foi outro assunto levantado pelo autarca, que disse ter “um projeto concluído, em fase de ser aprovado”, porque entende que “muita da normalização do tráfego da cidade terá de passar também pela videovigilância e a câmara municipal está completamente disponível para fazer esse investimento”.
“Obviamente, salvaguardando todos os direitos da privacidade das pessoas. Colocando essas câmaras de vigilância, o plano de motorização ficará dentro da PSP, não queremos ter nada a ver com isso, porque tem de ser a PSP a fazê-lo”, defendeu.
Almeida Henriques aproveitou o encontro com os jornalistas para apelar “ao civismo dos peões e dos condutores, porque, infelizmente, os dois últimos atropelamentos que se deram na cidade, foram em passadeiras”.
Por isso, defendeu que, “por um lado, terá de haver um maior civismo por parte dos condutores, mas também terá de haver um maior civismo por parte do peão”.
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