O presidente da Câmara de Viseu, anunciou que está em estudo uma alternativa ao sistema de abastecimento de água, a cargo da Águas de Viseu, e que, assim, poderá não ser necessária uma nova barragem em Fagilde.
Fernando Ruas, refere que está a ser analisada a constituição de uma empresa ou a adesão a um sistema de rede de água que já exista para que seja garantido o abastecimento às populações.
O presidente da autarquia referiu que tem havido “reuniões com municípios e com vários sistemas” de abastecimento de água, tendo em conta que, atualmente, “existem alguns a chegarem perto” da região de Viseu.
O autarca de Viseu refere que “se a maioria dos municípios portugueses já estão no âmbito das Águas de Portugal, há que analisar e ver se estes sistemas também serve os interesses dos concelhos envolvidos na resolução do abastecimento de água em alta.
Fernando Ruas descartou a empresa Águas de Viseu, cujo protocolo para a sua constituição foi assinado, na presença do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, em 13 de julho de 2019, pelo anterior executivo social-democrata.
Além de Viseu, assinaram também os restantes quatro municípios do distrito – Mangualde (PS), Nelas (PS, agora PSD), Penalva do Castelo (PS) e Sátão (PSD) – que são abastecidos pela Barragem de Fagilde, no Rio Dão.
“A Águas de Viseu fica sem efeito se a opção for a de integrar as Águas de Portugal, num sistema já existente. Na sua opinião, não é necessário constituir uma empresa, dando como exemplo a Guarda e Vila Real.
Entre os sistemas possíveis, Fernando Ruas indicou as empresas Águas do Zêzere, que “chega ao município de Figueira de Castelo Rodrigo” e Águas do Douro e Paiva, que, “recentemente” contactou a Câmara de Viseu, com quem reuniu, e cujo a proposta está agora “também está a ser analisada”.
A empresa Águas do Douro e Paiva também deu “garantias em caso de extrema seca, de um local fixo para abastecimento de água para a região” de Viseu, adiantou Fernando Ruas que, no decorrer da reunião do executivo disse que estava “assegurado um ponto de recolha de água”, para “evitar situações como as vividas no passado”.
O autarca referia-se ao ano de 2017, em que houve necessidade de camiões cisternas de água abastecerem as populações, porque a Barragem de Fagilde não tinha capacidade e, também por isso, foi assinado um protocolo, em 13 de julho de 2019, para a possibilidade de “encontrar as verbas necessárias em fundos comunitários para a construção de uma nova barragem”.
A Águas de Portugal “é um sistema nacional que pode proporcionar uma certa segurança em relação ao abastecimento de água” e, por isso, “se houver barragens que possam alimentar o sistema, tanto melhor”, defendeu.
Comente este artigo