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Câmara de Viseu diz que adesão às Águas do Douro e Paiva evitará situações como as de 2017

O presidente da Câmara de Viseu disse que a adesão ao sistema de abastecimento das Águas do Douro e Paiva evitará situações como a vivida na seca de 2017, mas reiterou a necessidade de construir uma barragem.

Durante a reunião da Assembleia Municipal, Fernando Ruas (PSD) lembrou que, há cerca de um ano, apontou como uma das prioridades da região o abastecimento de água e a necessidade “de objetivar e concretizar um projeto agregador”.

“Neste período, ao contrário do que tínhamos feito nos últimos anos, demos passos firmes nesse sentido. Recebemos, há poucos dias, a proposta de adesão ao sistema de abastecimento de água em alta das Águas do Douro e Paiva”, afirmou.

Segundo o autarca, esta solução será apresentada para nove municípios da região, nomeadamente Viseu, Vouzela, Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vale de Cambra.

Trata-se de uma solução que “prevê um investimento de cerca de 100 milhões de euros, da responsabilidade das Águas do Douro e Paiva”, frisou.

Fernando Ruas sublinhou que se trata da “solução mais barata, temporalmente mais rápida e com mais garantias de estabilidade e sustentabilidade para a região”.

“A proposta apresentada tem valores de aquisição de água em alta consideravelmente mais barata que o estudo que tinha sido feito para a criação de uma empresa plurimunicipal”, afirmou o autarca social-democrata, explicando que é “uma solução de integração numa empresa de capitais públicos sob a alçada das Águas de Portugal”.

No seu entender, a região não podia “continuar a desperdiçar tempo e a correr o risco de ter mais situações como as de 2017”.

“Estamos perante a solução mais barata de abastecimento de água em alta à região. Mas, mesmo que não estivéssemos, o que não poderíamos deixar de ter é a quantidade de água necessária para suprir os períodos de seca”, frisou.

Na opinião do autarca de Viseu, “os munícipes não compreenderiam que, por questões económicas ou economicistas, as suas carências hídricas não fossem supridas”.

Apesar deste “cenário favorável”, Ruas alertou que, “para redundância do sistema, é necessário continuar a exigir do Estado a concretização das suas tarefas e competências”.

“A construção da nova barragem é uma das competências a que o Estado tem que dar seguimento. Reforçaremos isso mesmo junto do senhor ministro do Ambiente, com quem foi assumido esse compromisso político”, garantiu.

Em junho de 2022, Fernando Ruas mostrou-se decidido relativamente à adesão da Câmara de Viseu às Águas do Douro e Paiva, mesmo que as autarquias vizinhas não a acompanhassem, por esta ser a solução mais rápida e barata para o abastecimento em alta.

“Temos é que avançar. Isto é uma lição importante. Por causa destas situações é que chegámos de 2016 a 2022 com uma mão cheia de nada”, lamentou, na altura.

Fernando Ruas referia-se ao facto de, em junho de 2016, ter sido celebrado um protocolo entre os municípios de Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, Vila Nova de Paiva, São Pedro do Sul e Vouzela para a constituição da Empresa Intermunicipal Águas de Viseu. Para o efeito, foram realizados estudos no valor de 226.959 euros (com IVA) mas, em setembro de 2018, os municípios de Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo enviaram um ofício à Câmara de Viseu a informar que não pretendiam aderir à empresa, o que inviabilizou a sua constituição.

Assim, em julho de 2019, os municípios de Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão e Viseu assinaram um protocolo para a constituição de uma empresa multimunicipal de captação, tratamento e fornecimento de água. Neste âmbito, foram realizados estudos no valor de 87.822 euros (com IVA).

“A empresa não teve nenhum passo. A oito [municípios] morreu, a cinco nunca foi formalizada. Por isso é que eu digo: se por acaso não queriam que este presidente ou outro qualquer tivesse outra posição, que agora contestam, tivessem andado”, afirmou Fernando Ruas.

Lusa

 

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