A Câmara de Viseu aprovou por unanimidade, a atribuição da medalha de ouro a António Almeida Henriques, que foi presidente da autarquia até ao início do mês e que morreu devido à covid-19.
No final da reunião do executivo camarário, a sua presidente, Conceição Azevedo, disse aos jornalistas que “o homem que liderou o projeto político mais impactante do interior do país merece esta distinção e muito mais”.
Neste âmbito, acrescentou que “também serão iniciados procedimentos com a Assembleia Municipal para depois apresentar a proposta de atribuição do Viriato de Ouro, que é a mais elevada condecoração de Viseu”.
“Com o presidente António Almeida Henriques, Viseu afirmou-se como a cidade portuguesa com mais qualidade de vida. Um trabalho do qual também queria usufruir, porque era em Viseu que queria continuar a viver, no concelho do seu coração, do qual com tanto carinho e orgulho falava”, afirmou.
Conceição Azevedo recordou que o PSD, “o seu partido de sempre, tinha-o já indicado como candidato a um próximo mandato à frente dos destinos do município de Viseu, com o objetivo claro de concluir o seu sonho, a sua visão”.
Um voto de pesar que também foi aprovado refere que um dos sonhos que Almeida Henriques “acalentava com grande carinho era a transformação de Viseu numa cidade inteligente”.
“Uma ‘happy and smart city’, como dizia tantas vezes, porque sabia que a felicidade é o desígnio maior. O objetivo era colocar a tecnologia ao serviço da gestão do concelho e do bem-estar dos viseenses”, referiu Conceição Azevedo.
Durante a reunião, foi também aprovada, por unanimidade, a proposta apresentada pelo vereador não executivo Jorge Sobrado de atribuir o nome de Almeida Henriques ao Polo Arqueológico de Viseu (PAV).
No entender de Jorge Sobrado, “a missão inovadora do PAV, o seu modelo integrado disruptivo, a sua operacionalidade e atuais resultados interpretam e honram a visão e o empenhamento de António Almeida Henriques enquanto edil, em torno de uma nova e arejada política local do património cultural em Viseu”.
Conceição Azevedo adiantou aos jornalistas que o município está também a ponderar a atribuição do nome de Almeida Henriques a uma das artérias da cidade e a um edifício que represente “realmente a abrangência do sonho que tanto sonhou para Viseu”.
“Entendemos que Almeida Henriques carece de uma obra mais emblemática, que agregue maior dimensão, todo o seu legado, toda a sua estratégia, a sua visão para Viseu. E, portanto, vamos pensar qual será o edifício”, justificou a autarca.
Almeida Henriques, que era presidente da Câmara Municipal de Viseu desde 2013, morreu no dia 04, aos 59 anos, vítima de complicações respiratórias decorrentes da covid-19.
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