A Câmara de Tondela iniciou um processo para pedir a inscrição da Festa das Cruzes do Guardão no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
“Inscrever a herança cultural no inventário nacional é a única forma de proteção legal do património, juridicamente válida. É também a forma de valorizar o papel identitário das tradições e do nosso saber fazer”, considera a autarquia.
Atendendo a que é o património que torna um território único, o município de Tondela “entende ser obrigação o registo, estudo e a partilha com as gerações vindouras, sejam elas oriundas ou não do território”.
Em comunicado, a autarquia referiu que, recentemente, “já esteve uma equipa no terreno que acompanhou as ladainhas, falou com algumas pessoas que asseiam as cruzes.
“Tudo foi filmado e fotografado para fazer parte do registo da candidatura”.
Numa segunda fase, “será feita uma recolha de fotografias, documentos e estudos desta festividade” e serão ouvidas outras pessoas.
Este trabalho levará à elaboração de uma candidatura e de um plano de salvaguarda a dez anos.
“Desta candidatura, farão parte os percursos das ladainhas, os gestos e os rituais, o património religioso associado, o modo de assear as cruzes e os materiais utilizados, o abraço das cruzes” e “tudo o que direta ou indiretamente contribui para que esta festividade tenha particularidades únicas”, refere o município de Tondela.
A Festa das Cruzes realiza-se tradicionalmente na quinta-feira de Ascensão (40 dias após a Páscoa), na Serra do Caramulo, unindo as paróquias de Guardão (anfitriã), Santiago de Besteiros, Campo de Besteiros e Castelões numa manifestação de fé e respeito pela tradição.
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