A Liga de Amigos e Voluntariado do Centro Hospitalar Tondela Viseu – Associação de Defesa dos Utentes da Saúde, em parceria com instituições públicas, privadas e forças vivas da região, agendou para o próximo sábado uma manifestação devido ao atraso do investimento neste Centro Hospitalar.
“Pela premência da questão em causa, o Município de Tondela não pode deixar de se associar. Falamos do direito à Saúde e, neste caso, do facto de o Governo central adiar o acesso a esse direito”, sublinhou a vereadora da Câmara Municipal de Tondela responsável pelo pelouro da Saúde, Sofia Ferreira.
Sofia Ferreira recorda que a ampliação do Serviço de Urgência teve financiamento garantido no quadro do Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT), aquando da negociação dos fundos comunitários da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, com reforço financeiro do Centro 2020.
“Só era necessário que o Ministério da Saúde assegurasse a contrapartida nacional, mas tal não aconteceu. Como todos sabemos, essa negligência testemunha-se quase diariamente nos meios de comunicação social, com inúmeros episódios de utentes a testemunharem que passam horas intermináveis para aceder a uma consulta no Serviço de Urgência, em condições pouco ou nada dignas”, referiu.
A vereadora da Câmara Municipal de Tondela lamenta que “uma obra concursada tenha estado sem poder iniciar-se por falta de empenho do Governo, para uma verba de pouco mais de 50 mil euros/mês, admitindo que a mesma teria quase dois anos para execução”.
“Lamentamos que tal bloqueio, cativações e demais desrespeitos pelas populações e pelos profissionais de saúde tenha levado a que o adjudicatário, dois anos após ter formulado a proposta e ganho o concurso, desistisse de fazer a obra, porque as condições de preço se alteraram, donde resultará (em função do novo concursos a realizar) mais custos para os contribuintes, além de ter adiado por mais anos, uma obra que poderia já estar ao serviço das nossas populações”, destacou.
Também o Centro Oncológico, prometido há muito, “continua na estaca zero”. Apesar dos anúncios de 2017, “ainda hoje não é conhecido um calendário para a sua concretização”, nem o modelo de financiamento que o suportará.
“Porque a questão da saúde não pode continuar a ser encarada com este grau de irresponsabilidade por parte das entidades competentes, e porque este Centro Hospitalar continuará a ser determinante para potenciar respostas de saúde adequadas a uma vasta população, mantendo a ambição de prestar um serviço de excelência nos vários domínios de diferenciação, manifestamo-nos solidários, em prol da luta pelo investimento no Centro Hospitalar Tondela e Viseu”, concluiu.
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