A Câmara de São João da Pesqueira tem em discussão um regulamento para apoiar a natalidade e a adoção, que será mais um contributo para minimizar o problema da desertificação.
O autarca Manuel Cordeiro disse que, compete ao governo tomar medidas que combatam a desertificação, mas que entende que os autarcas não podem ficar de braços cruzados.
“O município já tem a há algum tempo várias de medidas de apoio às famílias, à fixação de jovens, com isenções de licenciamentos e criação de postos de trabalho. Este apoio à natalidade acaba por ser mais uma”, realçou o autarca.
Segundo Manuel Cordeiro, São João da Pesqueira regista “entre 30 a 40 nascimentos” e “cerca de 100/120 óbitos por ano, num concelho que já nem tem sete mil habitantes”.
Em 2020, em São João da Pesqueira, nasceram 37 bebés e morreram 112 pessoas, o que significa um saldo negativo de 75 habitantes, ao qual se junta a saída de jovens para estudar noutros pontos do país ou de pessoas para trabalhar no estrangeiro.
Com o concelho a perder população constantemente ao longo das últimas décadas – se em 1981 nasciam 20,2 bebés por cada mil residentes, atualmente nascem 5,2 -, Manuel Cordeiro considera que todas as medidas contam.
A proposta de regulamento sugere cheques-prenda atribuídos por cada filho nascido ou adotado: 1.000 euros no primeiro filho, 1.500 euros no segundo e 2.000 euros no terceiro e seguintes.
Na sua opinião, “se não houver medidas a nível central que possam inverter o ciclo, a tendência será cada vez pior”.
Comente este artigo