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Câmara de Penalva do Castelo vai recuperar Mosteiro do Santo Sepulcro

O Mosteiro do Santo Sepulcro que remonta ao século XII e ao início da nacionalidade, e classificado como Monumento de Interesse Público em 2013, que se situa na freguesia de Trancozelos, concelho de Penalva do Castelo, vai ser requalificado.

O Mosteiro desde cedo que deve ter deixado de ter funções religiosas e sendo mais tarde arrendado a terceiros para habitação de caseiros. A capela conserva ainda os traços originais, estando atualmente devoluta no interior e em mau estado de conservação.

Sendo o maior Mosteiro da Península Ibérica, ao longo dos anos o edifício foi habitado por vários proprietários, agora é propriedade da autarquia local após a assinatura de um contrato de comodato por um período de 22 anos.

Para as obras de requalificação é necessário proceder à alteração da designação de monumento de interesse público para monumento de interesse nacional, como referiu à Alive Fm, Francisco Carvalho, presidente da Câmara de Penalva do castelo.

O autarca de Penalva do Castelo reuniu com o secretário de estado adjunto e do desenvolvimento regional, Carlos Miguel, para que o Governo ficasse sensibilizado para a importância de avançarem as obras de recuperação do Mosteiro do Santo Sepulcro.

As obras de recuperação do Mosteiro estão orçadas em 650 mil euros.

O Mosteiro do Santo Sepulcro foi o primeiro monumento edificado pela Ordem do Santo Sepulcro em território português, mas o espaço está em avançado estado de degradação, no qual inclui uma igreja e vários compartimentos, desde o espaço para os animais até aos locais de descanso. Mosteiro que a Câmara de Penalva do Castelo quer agora candidatar aos fundos do Quadro Comunitário Portugal 2020.

Mosteiro do Santo Sepulcro.

Fundado no séc. XII na sequência de uma doação de D. Teresa aos Cónegos Regrantes do Santo Sepulcro, irá surgir pouco depois ligado ao Mosteiro de Águas Santas, Maia, onde tinham uma importante comunidade religiosa.

O Mosteiro desde cedo que deve ter deixado de ter funções religiosas e sido arrendado a terceiros, sendo as instalações monacais ocupadas para habitação de caseiros. A capela conserva ainda os seus traços originais, estando totalmente devoluta no interior. Na ombreira da porta conserva a marca dos seus antigos possuidores: uma cruz patriarcal, usada pelos Cónegos, e a flor de Liz, usada pela Casa da Ínsua, cujo senhor comprou a quinta após a extinção das Ordens Religiosas, no séc. XVIII. No seu interior havia uma lápide sepulcral que desapareceu.

O conjunto desenvolve-se em redor de um pátio, estando a capela logo à entrada do lado direito. Pegada a esta estavam as cortes dos animais, em frente, com um típico balcão beirão, as casas dos caseiros com suas lojas por baixo. Do lado esquerdo existiram outras casas sobradas entretanto em ruínas e, defronte da capela, um curral.

Anteriores à fundação do Mosteiro são as sepulturas escavadas na rocha, que com o abandono do edifício ficaram soterradas. Deverão ser do séc. X/XII, anteriores à fundação do mosteiro, visto que uma delas se encontra cortada pela fachada da capela.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público, dispondo de zona especial de proteção, que abrange a antiga Ponte sobre o Rio Dão.

 

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