Bruno Ribeiro demite-se do Académico de Viseu

Bruno Ribeiro deixou o comando técnico do Académico de Viseu, da II liga de futebol, menos de um mês após ter chegado ao clube, para substituir Ricardo Chéu.

O treinador confirmou à agência Lusa que comunicou a decisão ao diretor desportivo do clube, André Castro, logo após o final do jogo de quarta-feira na Póvoa de Varzim, na 34.ª jornada da II liga, em que o Académico de Viseu foi derrotado por 2-1, embora não tenha sido a derrota a razão da saída.

Esta foi uma decisão que apresentou como irrevogável e que partilhou hoje com o plantel, antes do treino matinal no Fontelo, de preparação para o jogo do próximo domingo, frente ao Olhanense, que já não contará com Bruno Ribeiro no banco a orientar a equipa.

O técnico não se quis alongar sobre as razões que levaram ao pedido de demissão, mas, adiantou: “Tomo esta decisão pelos jogadores”, manifestando anda descontentamento pela impossibilidade com que foi várias vezes confrontado em utilizar o Estádio do Fontelo para treinos do plantel, situação que considera “inadmissível num clube profissional”.

Apesar de, na sala de imprensa, sempre se ter recusado a comentar arbitragens, Bruno Ribeiro considera que “o Académico está a ser empurrado pelas arbitragens”

“Há muito jogo de bastidores e está a ver-se o que está a acontecer. Tivemos jogos onde não nos deixaram ganhar”, adiantou.

Bruno Ribeiro despede-se de Viseu com cinco jogos no comando do Académico, nos quais conseguiu dois empates fora de casa – Freamunde e Atlético – e perdeu por três vezes, duas no Fontelo, com Famalicão e Penafiel, e na Póvoa, com o Varzim.

Oficialmente, o clube beirão ainda não comunicou a saída de Bruno Ribeiro, desconhecendo-se quem orientará a equipa no jogo com o Olhanense.

Maykel Moreira e Tiago Castro, dois elementos que já haviam transitado da equipa técnica de Ricardo Chéu, deverão assegurar os treinos até ao jogo de domingo, ou até à chegada de uma nova equipa técnica.

O Académico de Viseu é 17.º classificado na II Liga de futebol, apenas dois pontos acima da ‘linha de água’.

Lusa