B.E denuncia uso abusivo da bolsa de horas na PSA de Mangualde

Os trabalhadores da PSA/Peugeot/Citroën de Mangualde iniciaram a 13 de julho, uma greve todos os sábados até ao final do ano, para combater a produção extraordinária “imposta pela direção”.

Em comunicado o Bloco de Esquerda de Viseu, diz que chegaram ao seu conhecimento, várias denúncias de uso abusivo da bolsa de horas, de prolongamento indevido da jornada de trabalho, tendo sido mesmo denunciado um turno de 16 horas.

Outra das denúncias são as violações do direito à greve pelo desconto ilegal do prémio mensal de assiduidade aos trabalhadores grevistas valor que, após intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) foi devolvido na íntegra aos grevistas, referiu à Alive Fm, Carlos Couto do Bloco de Esquerda de Viseu.

O Bloco de Esquerda de Viseu já questionou a Ministra do Trabalho, se tem conhecimento do uso abusivo da bolsa de horas da administração da empresa PSA de Mangualde, se a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) já realizou ações inspetivas e quais os resultados e que medidas pretende encetar o Ministério junto da empresa com vista a promover o cumprimento da legislação no exercício do direito à greve.

O Bloco de Esquerda de Viseu, diz que é necessário travar quer os abusos da legislação laboral na PSA de Mangualde, quer as formas de intimidação sobre os trabalhadores que condicionem o seu direito à greve sob pena de se produzirem prejuízos irreparáveis na esfera jurídica dos trabalhadores.

O Centro de Produção de Mangualde da PSA-Peugeot/Citroën, que começou a laborar em fevereiro de 1964, é atualmente a maior empresa do distrito de Viseu e uma das maiores empresas a laborar em Portugal. Em 2015, produziu 46.584 veículos, ou seja, uma média de 220 por dia. Mais de 90% da produção é exportada.