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Autárquicas: CDU quer serviços veterinários alargados em Viseu

O candidato à Câmara de Viseu pela CDU, Francisco Almeida, defendeu esta segunda-feira que os serviços veterinários municipais sejam “mais do que vacinar cães”, assim como a criação de um matadouro, para aumentar os rendimentos das famílias na região.

“Os serviços veterinários municipais deviam ir além dessa coisa de vacinar os cães. Ir um pouco além disso, porque há quem crie gado bovino, porcos, cabritos e há quem tenha capoeira”, apontou Francisco Almeida.

A reivindicação surgiu no dia em que os candidatos da Coligação Democrática Unitária (CDU), que agrega o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista os Verdes (PCP/PEV), se deslocaram a Lobagueira, um lugar na freguesia de Coutos de Viseu, para reunir com produtores locais.

“A vacinação dos cães é importante, mas deviam prestar algum apoio a estes pequenos produtores pecuários, aliviando um pouco o esforço financeiro de ter este ou aquele animal”, acrescentou.

Isto, porque, no entender da CDU, a produção destes animais “até pode ser para consumo próprio”, mas, quando é, “trata-se de uma produção que ajuda à vida e ao rendimento das pessoas” e “há gente nestas aldeias que vive com bastante pouco”.

Associado aos serviços veterinários municipais, Francisco Almeida defendeu a criação de um matadouro, integrado num entreposto de produtos agrícolas para escoar os produtos dos pequenos agricultores.

“É importante para o concelho de Viseu, mas para tudo o que está aqui à volta. (…) O matadouro de Viseu, quando existia, servia Viseu e tudo à volta e é disto que estamos a falar”, defendeu.

Salete Dias, uma das “maiores combatentes pelo matadouro” em Viseu, apontou Francisco Almeida, recebeu esta segunda-feira em sua casa os candidatos e, no dia em que fez 71 anos, recordou à agência Lusa os anos de luta para que o matadouro não fechasse como, no entanto, acabou por acontecer em 2003.

“Lutei muito por ele. Chamaram-me a “Padeira de Aljubarrota” e disse que até velhinha hei de ir aos rebolões lutar por ele, porque vocês não são capazes de porem cá nada. Se fossem gente, primeiro punham cá um novo e depois tiravam-nos o velho e nós vínhamos aplaudir-vos com palminhas saborosas”, contou.

Isto, porque, exemplificou, “quando os senhores precisam de comprar uns sapatos, não os vão comprar descalços” e “quando precisam de umas calças, não vão nus” e aos produtores de gado, deixaram-nos “nus e descalços, e o distrito de Viseu sem nada”, criticou.

 

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