O presidente da Assembleia Municipal de Viseu destacou “a grandeza e nobreza” da vida do capitão de Abril que o leveram “a abraçar convictamente as causas em que se revia e acreditava”.
Arnaldo Costeira morreu no sábado, aos 75 anos, vítima de doença prolongada, informou a família de um dos militares envolvidos na Revolução dos Cravos de 1974, que derrubou o regime fascista do Estado Novo.
Nascido em Lamego, em 20 de abril de 1946, o coronel do Exército na reforma, que residia agora em Viseu, foi condecorado em fevereiro pelo Presidente da República com a “Ordem da Liberdade — grau de Grande-Oficial”.
Em comunicado, o presidente da Assembleia Municipal de Viseu, José Mota Faria, refere que tomou conhecimento da morte de Arnaldo Costeira, um “destacado capitão de Abril”, com “enorme pesar e consternação”. “A grandeza e nobreza da sua vida levaram-no a abraçar convictamente as causas em que se revia e acreditava”, lê-se na nota enviada à agência Lusa.
José Mota Faria também realça a “total disponibilidade” do coronel do Exército na reforma “para colaborar nas ações promovidas pela Assembleia Municipal de Viseu para assinalar a Revolução de Abril e, com o seu testemunho transmitir, sobretudo às gerações mais novas, o que foi a realidade do Movimento dos Capitães e a sua importância na instauração da Liberdade e da Democracia”.
A Assembleia Municipal de Viseu manifesta à família de Arnaldo Costeira, e à Associação Social Cultural Espiritualista de Viseu, à qual presidia, “as mais sentidas e profundas condolências e total solidariedade”.
O oficial foi comandante do Regimento de Infantaria 14, entre 1993 a 1996, e escreveu a obra “Eu, Capitão de Abril me confesso”, relatando a sua experiência durante e após o 25 de Abril.
“Espírita convicto, dedicou-se integralmente à direção da Associação Social Cultural Espiritualista de Viseu (ASCE Viseu, IPSS), importante instituição particular de solidariedade social da região, sendo um dos seus cofundadores e à qual presidia desde a sua criação, em 1977, onde desenvolveu profícua atividade social e de divulgação de mensagem espiritualizante”, lê-se em comunicado da família.
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