A Assembleia Municipal de Viseu aprovou uma “moção de indignação” pela “forma irresponsável como o Governo comprometeu as obras de ampliação e requalificação do serviço de urgência” do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV), segundo a Agência Lusa.
A moção, apresentada pelo PSD, foi aprovada com nove abstenções do PS.
As obras de requalificação e ampliação do serviço do Hospital Central Tondela Viseu, assim como o Centro Oncológico, são assunto recorrente nas Assembleias Municipais de Viseu, sendo aprovadas, praticamente todos os meses, moções pela forma como o Governo tem tratado todo o processo.
Em abril, a ministra da Saúde, Marta Temido, em reunião com o presidente da Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, tinha “dado garantias de que até junho a questão das urgências estaria resolvida, para que as obras pudessem avançar”.
“Até ao verão, e a ministra entendeu como verão os meses de maio e junho, eu prefiro pensar que até junho estão resolvidas as questões das urgências para que as obras possam avançar, mas com a questão prévia de que terá de haver o visto do Tribunal de Contas”, disse Almeida Henriques na altura, após a reunião.
Em agosto, a TSF avançou que “a empresa escolhida para fazer a ampliação do hospital de Viseu esperou tanto tempo que acabou por desistir da obra”, uma vez que “foram dois anos de espera desde a adjudicação, em concurso público, até à autorização do Governo, recente, para avançar com as obras”.
Na mesma semana, a administração hospitalar explicou que, depois de “desencadeadas todas as diligências junto das empresas habilitadas à empreitada de fornecimento de obra pública”, estas recusaram o convite para realizar a obra, “de acordo com as disposições previstas no código dos contratos públicos”.
O conselho de administração comprometeu-se a realizar as obras de requalificação “assim que estejam sanadas as questões administrativo-legais que permitam o lançamento de um novo concurso público, prevendo-se que tal seja possível durante o mês de agosto”.
António Almeida Henriques disse na Assembleia Municipal de Viseu que “ainda não abriu concurso nenhum, não há nenhum concurso em vigor, pelo menos não há nada na plataforma em vigor”.
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