O antigo social-democrata António Manuel Silva vai nas próximas eleições autárquicas candidatar-se à Câmara de Mangualde pelo Chega, para dar o seu contributo a um concelho que “está atrasadíssimo” devido à falta de obras durante os últimos mandatos.
“O concelho de Mangualde está atrasadíssimo neste momento. Nos últimos 12 anos não houve obras”, disse o advogado, referindo-se aos três mandatos em que o PS governou este município do distrito de Viseu.
Nas eleições autárquicas de 1997, António Manuel Silva foi eleito vereador na Câmara Municipal de Mangualde e depois reeleito em 2001 e 2005, pelo PSD. De 2005 a 2007, ocupou o cargo de vice-presidente.
Também teve vários cargos a nível partidário, quer na JSD, quer no PSD (foi presidente da concelhia de Mangualde mais de dez anos), mas, em 2007, entrou em rutura com este partido.
O advogado contou que regressou à política há dois anos. Inicialmente, tinha intenção de se candidatar à Câmara como independente, mas depois ligou-se a um movimento que prometia um PSD renovado.
No entanto, a sua candidatura não seguiu em frente devido a conflitos entre as estruturas concelhia e distrital.
Admirador de André Ventura há já alguns anos, António Manuel Silva uniu-se então ao Chega e acredita que o reconhecimento do trabalho que fez no PSD, na Câmara e também em muitas organizações a que esteve ligado lhe valerá votos em Mangualde.
“Sou sobejamente conhecido por todos, conheço as pessoas pelo nome, sou um filho da terra”, frisou o candidato do Chega.
A principal prioridade que aponta para Mangualde é a criação “de uma grande zona industrial”, porque, apesar de ser “um concelho já bastante industrializado, nos últimos anos não sofreu nenhum incremento”, levando os empresários “a fugir para os concelhos vizinhos”.
“Não temos a capacidade de os cativar, não temos uma zona industrial, os terrenos são caríssimos e não há preços competitivos para que eles se possam lá instalar”, referiu.
Outra das suas prioridades é reabilitar e colocar no mercado os edifícios das antigas escolas primárias.
“Estão degradadas, não têm nenhuma função. E da parte da Câmara Municipal não há nenhuma ideia para reabilitar esses espaços”, lamentou António Manuel Silva, avançando que tem intenção de as “vender ou arrendar para restauração, para bares, para associativismo”, criando uma fonte de receita.
Na educação, considera que “é de extrema importância tentar criar em Mangualde uma escola profissional e tentar cativar algum segmento de ensino superior” e, na saúde, “abrir as urgências 24 horas por dia” no centro de saúde.
No concelho de Mangualde são também já conhecidas as candidaturas de Marco Almeida (PS), Joaquim Patrício (PSD) e Sara Bogarim (CDU).
Nas eleições autárquicas de 2017, o PS foi o vencedor, com 69,53% dos votos (seis mandatos), enquanto o PSD conquistou 21,66% (um mandato).
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