Os cerca de 100 alunos do centro escolar de Treixedo, no concelho de Santa Comba Dão, vão mudar de instalações nos próximos dias, para que seja possível fazer obras, disse hoje o presidente da autarquia, Leonel Gouveia.
“Uma vez que o inverno está a chegar e temos previsões de pluviosidade para próximos dias, entre o final desta semana e a próxima semana haverá a mudança das crianças para outras instalações”, avançou o autarca à agência Lusa.
Segundo Leonel Gouveia, o centro escolar, que foi construído em 2010 e custou 3,4 milhões de euros, não tem condições de segurança, devido a problemas de infiltrações, que se têm agravado ao longo dos anos.
“Após a sua construção começou logo a ter vários problemas, entre eles algumas infiltrações de água nos períodos de inverno”, contou o autarca, acrescentando que esta situação se prende com “alterações ao nível da construção relativamente ao sistema de climatização, que fez com que fossem provocadas patologias na cobertura”.
O problema foi-se agravando mas, com “algumas intervenções pontuais, duas das quais pela mesma empresa que colocou a tela nessa cobertura inicialmente”, foi possível manter o centro escolar aberto.
“No início deste ano houve uma ligeira intervenção, mas verificámos, logo após o início do ano letivo, num momento em que a pluviosidade foi grande, que a quantidade de água que se infiltrava era muita. Inclusivamente, levou à queda de algumas placas de gesso dos tetos falsos, em salas de aulas que felizmente não estavam a ser utilizadas”, contou Leonel Gouveia.
Assim sendo, o município decidiu encerrar o centro escolar para obras e estudar alternativas para as crianças que frequentam desde o pré-escolar ao quarto ano de escolaridade.
“Há vários espaços possíveis. Estamos a estudar, em conjunto com o agrupamento de escolas e os pais, a alternativa que menos transtorne as crianças e que seja a menos penalizadora para as crianças”, garantiu.
Segundo Leonel Gouveia, haverá a deslocação das crianças “para outros edifícios escolares que estão em funcionamento, mas que terão condições para as albergar”, sendo “provável que venham a ser separadas”.
O autarca, que foi reeleito em setembro, disse à Lusa que esta obra é “uma vergonha” para Santa Comba Dão, atendendo ao elevado investimento e aos problemas que deu.
“Custou 3,4 milhões de euros, um valor exorbitante para um centro escolar daquela dimensão, com uma taxa de financiamento que nem sequer chegou aos 50%, e teve problemas do foro administrativo com os fundos comunitários. Foi um investimento que custou muito ao erário público”, lamentou.
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