O Tribunal de Coimbra decidiu adiar a leitura de sentença marcada para hoje de um processo que junta 20 arguidos de diferentes grupos acusados de se dedicarem ao tráfico de droga, sobretudo a revendedores, em toda a região Centro.
O coletivo decidiu adiar a leitura de sentença devido à “alteração não substancial dos factos” relacionados com alguns dos arguidos, que poderão ter impacto na decisão final do Tribunal de Coimbra, explicou o juiz Miguel Veiga.
A leitura foi adiada para 31 de agosto, às 14:30.
A acusação, a que a agência Lusa teve acesso, identifica cinco grupos que se dedicavam ao tráfico de droga, sobretudo cocaína e heroína, em diferentes zonas da região Centro, alguns deles fornecedores de outros, vendendo estupefacientes sobretudo a outros revendedores, entre 2017 e 2019.
Os grupos tinham diferentes dimensões de abrangência geográfica e abordavam diferentes distritos da região, mas todos vendiam droga em “grande número a consumidores e revendedores”, não sendo determinada essa mesma quantidade ou o dinheiro resultante do tráfico, apesar de terem sido identificados dezenas de momentos de compra e venda de estupefacientes.
Quase todos os grupos eram liderados por casais, sendo identificado um que tinha uma área de atuação que ia da Figueira da Foz até Viseu e Lamego, outro que se dedicava na zona do Peso da Régua, um no Pinhal Interior, outro em todo o litoral da região Centro, da Serra d’El Rei até à Praia de Mira, e um último que trabalhava sobretudo no interior, em concelhos do distrito da Guarda, Coimbra, Castelo Branco e Viseu.
O primeiro grupo identificado na acusação, liderado por um casal de 40 e 38 anos a morar em Coimbra, teria fornecedor no Norte, em Famalicão, e dedicava-se sobretudo à distribuição por revendedores, nomeadamente na Figueira da Foz, Viseu, Seia, Peso da Régua e Lamego.
No processo, consta ainda uma fuga de arguidos aquando da tentativa de detenção por parte da PJ, numa estação de serviço na Mealhada.
Cinco dos 20 arguidos já foram condenados várias vezes por tráfico de droga.
Três estão em prisão preventiva e dois em prisão domiciliária.
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