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“Museu do Esquecimento” dá nome à nova criação do Trigo Limpo Teatro ACERT

O Trigo Limpo – Teatro ACERT vai estrear uma nova produção em dezembro, “Museu do Esquecimento”, com base em textos de Afonso Cruz, anunciou um dos diretores da estrutura, que é também coautor da dramaturgia.

“É um espetáculo que pretende ser para todos, feito com um pensamento para a infância e para a adolescência, mas que tentará chegar a toda gente, para que possa ser visto por famílias juntas, por todos”, descreveu Pompeu José, da companhia sediada em Tondela, no distrito de Viseu.

Na base de o “Museu do Esquecimento”, declarou, estão textos de Afonso Cruz como, por exemplo, “A Boneca de Kokoschka” e “Vamos comprar um poeta”, e que Pompeu José e Catarina Requeijo trabalharam para “construir esta dramaturgia”.

O espetáculo, cujos ensaios começam na terça-feira, tem estreia marcada para 07 de dezembro e, em palco, estarão “vários elementos do Trigo Limpo”, como Pompeu José, Ilda Teixeira, Sandra Santos, Pedro Sousa e o ator convidado Afonso Cortez.

“A música é de Paulo Nuno Martins e Miguel Cordeiro, dois companheiros de longa data [do grupo], e um deles estará sempre ao vivo no espetáculo a acompanhar os cinco intérpretes”, adiantou.

O anúncio da estreia foi feito hoje pelos codiretores artísticos da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), José Rui Martins e Pompeu José, na sessão de apresentação da programação deste último quadrimestre desta instituição cultural.

“A história central vai ser do [livro] ‘Vamos comprar um poeta’, mas, provocado por Afonso Cruz que tem muito esse hábito, terá um epílogo e um prólogo. Portanto, serão três cenas e faremos um jogo teatral para que o público perceba que existem esses três momentos”, adiantou Pompeu José.

Em jeito de contador de histórias, Pompeu José foi desvendado um pouco a ação, sob o aviso de que “ainda está na fase de ajustamentos, uma vez que os ensaios começam amanhã [terça-feira], mas haverá a tentativa de criar um novo mundo”.

“É o motor de arranque para criar os cinco personagens, ou seis, com o músico, e como é que elas vão viver e vão criar de uma forma muito irónica uma análise do mundo. A ironia é marcante neste espetáculo”, assumiu.

O prólogo, disse, “é uma recordação da guerra, qualquer das guerras, em que um senhor tem uma loja de pássaros e, quando a guerra começa, ele continua” o negócio, mas “há um miúdo que foge da guerra e vai para de baixo do chão” da loja.

Depois, há “uma série de cenas que se desencadeiam, dentro de uma normalidade, que é ter a loja de pássaros aberta”, e uma série de acontecimentos que vão construir a história.

O nome, desvendou, vem de “uma proposta de Afonso Cruz, no sentido de que a memória é um legado que transforma, porque ele tem a ideia de que quando são recordadas as coisas, acaba por alterar e pacificar” essas memórias.

Nestes últimos meses do ano, além da estreia do “Museu do Esquecimento” e da reposição de “Aloha!”, o Trigo Limpo Teatro ACERT fará ainda digressão no estado de Ceará, no Brasil, com dois espetáculos, “20 Dizer” e “Car12”.

 

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