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Coletivo de Viseu cria competição para novos argumentos de curtas-metragens

A short/age – Shortfilms for a New Age, projeto cinematográfico sediado em Viseu há 11 anos, criou uma competição para novos argumentos de curtas-metragens e o melhor terá uma recompensa de mil euros.
“Nos últimos três anos convidámos argumentistas, oito por ano, temos 24 obras. Este ano, e pela primeira vez, abrimos uma ‘open call’ em que temos uma recompensa de mil euros para o melhor argumento de curta-metragem”, revelou o organizador Luís Belo.

A par com Carlos Salvador, Luís Belo criou a short/age – Shortfilms for a New Age com o objetivo de “incentivar o gosto pelas curtas-metragens e pela sua escrita”, que ambos possuem e que os levou há 11 anos a criar o projeto.

A ‘open call’ está aberta até 30 de setembro e, em novembro, são dados a conhecer os vencedores que farão parte de sessões organizadas pelo coletivo e que decorrerão até março de 2024.
“O júri é composto por três elementos: o Carlos Salvador, que é também programador de cinema; a Mónica Santos, realizadora e integra a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, entidade que organiza os Óscares de Hollywood, e Luís Campos, realizador e diretor do Guiões – Festival do Roteiro de Língua Portuguesa”, anunciou.

Luís Belo revelou ainda que os argumentos escolhidos, e que serão anunciados em 01 de novembro, serão ilustrados por Mariana Rio.

Luís Belo falava em conferência de imprensa para apresentar o festival de cinema que decorre entre agosto e março de 2024 e que contempla não só a competição de novos argumentos como outras iniciativas.

A primeira sessão deste ano acontece no dia 24 de agosto, na Incubadora do Centro Histórico de Viseu, com a exibição de “Aos Dezasseis”, de Carlos Lobo, “Vazio”, de Marco Alexandre, e “Slow Light”, de Kijek Adamski. “Ao longo desta temporada teremos sete sessões em competição e três extensões de festivais nacionais, como é o caso do Festival de Curtas de Vila do Conde, o Porto Femme e O Dia Mais Curto”, adiantou.

Também estão programadas, “pela primeira vez, duas sessões de ‘curtas’ para um público mais específico, como é o caso dos mais novos da Escola Básica do Viso e outra com os mais velhos, do Lar Viscondessa de São Caetano”. “Se há quem não consiga vir até nós ver as ‘curtas’, vamos nós até elas”, assumiu Luís Belo, que tem no seu projeto, juntamente com Carlos Salvador, o objetivo de “incentivar o gosto por curtas-metragens e tudo o que as envolve, como a escrita”.

Outra iniciativa do festival passa por “duas sessões de leitura e discussão de argumentos, com a presença do argumentista e é uma forma de desconstruir o texto e perceber como é que ele foi construído”.
O coletivo tem ainda um repositório de ‘curtas’, numa plataforma ‘online’, de acesso gratuito, tendo atualmente “expandido para mais de 200”.

O repositório tem curtas-metragens “desde a mais antiga, de 1997, ‘Menos Nove’, de Rita Nunes, até à mais recente, de 2022, ‘A Fuga’, de João Brás”, e estão todas catalogadas em www.shortage.online.

O projeto, nos últimos cinco anos, conta com apoio da Câmara Municipal de Viseu, “porque só assim é que dá para crescer” e, por isso, “já é possível pagar as despesas de deslocação dos argumentistas”.
A vereadora da Cultura do município de Viseu, Leonor Barata, presente na conferência de imprensa, destacou neste “projeto muito especial” o “lastro que deixa ao longo do tempo, não por se verem as mais-valias de imediato, mas sim pelo que vai deixando ao longo do tempo”.

 

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