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Em 2024, Câmara de Viseu diz que haverá decisão para parque aquático do Almargem

O presidente da Câmara de Viseu anunciou que, em 2024 haverá uma decisão sobre o parque aquático da praia fluvial do Almargem, cujas obras estão paradas há vários anos, ou são concluídas ou demolido o existente.

“O advogado diz-nos que há uma convicção de que os problemas existentes poderão estar solucionados no próximo ano, 2024, se não mesmo ainda em 2023, estão apenas pendentes de algumas pendências judiciais em curso e do seu andamento”, disse Fernando Ruas.

O autarca referia-se ao advogado dos promotores do parque aquático da praia fluvial do Almargem, cujo projeto está parado há anos e o edificado já construído estava, já em fevereiro de 2022, segundo o autarca “a definhar” no que considerava “uma agressão nítida ao ambiente”.

“Aquilo tem de ter solução. Se tem solução pela via do equipamento é aquilo que mais queremos, se não que o desmantelem”, afirmou Fernando Ruas em 2022, garantindo que “a Câmara está disponível para salvar o equipamento”.

Hoje, o presidente assumiu que a Câmara de Viseu declarou “caducidade, mas com a condição de que esta caducidade fica em aberto e, se se vier a verificar a continuidade da obra, haverá uma licença especial para obras inacabadas”.

“Não abdicamos da caducidade, por uma questão de precaução. Também não temos razões para duvidar do que o advogado veio dizer, mas a Câmara já deixou isto bem claro: ou uma coisa ou a outra”, assumiu.

Assim, continuou o presidente do município, se o projeto não tiver continuidade em 2024, “terá uma sequência normal que a legislação há de ditar: ou a demolição ou o desmantelamento ou qualquer outra coisa”.

“Eu acompanhei aquilo no início e era um equipamento muito desejado”, afirmou, em 2022, Fernando Ruas e, hoje, reafirmou aos jornalistas que “gostaria muito de ver aquilo acabado”, mas para já a Câmara vai “aguardar, apesar de se manter vigilante”.

Em fevereiro de 2014, o então presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou que iriam ser investidos cerca de 16 milhões de euros (ME) no âmbito de um projeto turístico que incluía um parque aquático inovador na Península Ibérica.

“O concurso público está neste momento a ser lançado. É um projeto que tem de estar concluído até setembro do próximo ano, porque a isso obrigam os fundos comunitários”, que correspondiam a 10 ME, acrescentou Almeida Henriques.

Numa primeira fase, o projeto teria um edifício de apoio com saunas, restaurante, ‘bowling’ e outras modalidades e um parque aquático temático coberto, que funcionaria todo o ano.

Para uma segunda fase, estava prevista uma rota dos moinhos ao longo do rio, um parque de campismo e um parque aventura.

Em 2022, Fernando Ruas lembrou que, além do parque aquático e do parque de campismo, também chegou a estar prevista uma unidade hoteleira.

Em agosto de 2012, em declarações à agência Lusa, o empresário Manuel Cruz apontou a falta de crédito bancário para que o complexo turístico, orçado em mais de 26 ME, não tenha arrancado e tenha visto o Governo rescindir o contrato de apoio.

“Perante a impossibilidade de materializar o projeto, decidimos refazê-lo, com menores custos, retirando o hotel do complexo, deixando apenas o parque aquático”, justificou, na altura, o empresário.

O novo projeto fez os custos totais baixarem para 16,5 milhões de euros.

 

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