A Infraestruturas de Portugal anunciou o arranque dos trabalhos de estabilização de taludes num troço da Estrada Regional (ER) 228, em Vouzela, no âmbito de um investimento de 2,8 milhões de euros no reforço da segurança rodoviária.
Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) explicou que, “com um investimento associado de 2,8 milhões de euros e um prazo de execução de 300 dias, a empreitada compreende a intervenção em 18 taludes de escavação e três aterros, localizados ao longo de um troço com oito quilómetros da ER228”, entre os quilómetros 28 e 36.
Esta estrada serve as freguesias de Queirã e Ventosa e a União de Freguesias de Fataunços e Figueiredo das Donas, naquele concelho do distrito de Viseu.
Segundo a IP, a empreitada integra “revestimentos pregados com betão projetado e redes de alta resistência”, “barreiras dinâmicas para proteção da via contra a queda de blocos da encosta natural” e “preenchimento de infraescavações”.
Está também previsto o “enchimento em betão do tipo ciclópico a envolver os blocos rochosos existentes”, a “colocação de manta orgânica de revestimento associada a redes de tripla torção” e a “construção de muros em gabião e betão armado”.
A IP acrescentou que “os aterros serão estabilizados com a colocação de muros de gabião, complementando a intervenção com a pavimentação integral do local e a colocação de nova sinalização e de equipamentos de segurança nas zonas a tratar”.
No início deste ano, depois de novas derrocadas na ER 228, o presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, convidou o ministro das Infraestruturas, João Galamba, a conhecer o estado da via.
“Cerca de três anos após as tempestades Elsa e Fabien terem provocado vários danos na ER 228 em Vouzela, a via continua sem sofrer obras de fundo. A estrada chegou a estar encerrada ao trânsito durante cerca de um ano, depois de várias derrocadas terem arrastado parte do piso”, lamentou o autarca.
Após os deslizamentos de terras e pedras que se tinham verificado nos meses anteriores, o autarca social-democrata decidiu voltar a alertar o Governo para a perigosidade da via.
“A IP, entidade gestora daquela via, reconhece o problema, tendo um relatório técnico de março de 2021 identificado 21 pontos críticos, cuja intervenção urgente deverá ser feita em duas fases”, acrescentou.
Nessa altura, a primeira fase do projeto já tinha sido adjudicada, estando orçamentada em 2,8 milhões de euros, mas, ainda tinha sido executada por não ter o visto do Tribunal de Contas.
Lusa
Comente este artigo