O dirigente de comunicação e cultura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Jorge Sobrado, foi escolhido pelo presidente da Câmara do Porto para dirigir o Museu da Cidade, a partir de dezembro, divulgou hoje a autarquia.
Numa comunicação partilhada com os vereadores durante a reunião do executivo municipal, a Câmara do Porto adiantou que Jorge Sobrado “é o nome escolhido” pelo presidente da autarquia, Rui Moreira, para ser o novo diretor o Museu da Cidade e Biblioteca Municipal.
A par destas funções, Jorge Sobrado, que inicia funções em dezembro, irá ser responsável pelo departamento de museus e coleções do município.
Natural do Porto, Jorge Sobrado, de 46 anos, é atualmente dirigente da comunicação e cultura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) e assessor do presidente da instituição, António Cunha, “tendo participado ativamente na elaboração das medidas para a Cultura e Património do próximo programa de fundos europeus para a região Norte”.
Entre 2017 e 2021, Jorge Sobrado foi vereador da Cultura e Património da Câmara Municipal de Viseu, tendo sido responsável pela criação do Polo Arqueológico de Viseu, pelo lançamento do Museu de História da Cidade e respetivos programas de digitalização.
“Teve ainda a seu cargo o Centro de Arte Contemporânea de Viseu (Quinta da Cruz) e foi o impulsionador de uma nova agenda de programação cultural de Viseu que marcou a face da cidade na última década”, salienta a Câmara do Porto, lembrando que Jorge Sobrado é também professor convidado na Universidade do Porto e na Universidade Lusófona, nas áreas de comunicação e retórica.
Contactado hoje pela Lusa, Jorge Sobrado confirmou que aceitou o convite de Rui Moreira, mas escusou-se a adiantar quais as suas ideias para este novo projeto.
“Confirmo a aceitação do convite, mas só irei explanar as minhas ideias no momento da minha entrada em funções”, disse o ex-vereador da Cultura e Património da Câmara de Viseu.
Relativamente ao Museu da Cidade do Porto, Jorge Sobrado irá desenvolver um programa de intervenções “tendo por base uma revisitação do projeto e a seleção e contratualização de programas e colaborações curatoriais, de caráter artístico, científico ou de programação cultural”.
A Câmara do Porto adianta ainda que a iniciativa “Um objeto e os seus Discursos” regressará à programação do Museu da Cidade do Porto.
Em 07 de outubro, a Câmara do Porto confirmou à Lusa, na sequência de notícias avançadas pelo Jornal de Notícias e pelo Público, que o diretor artístico do Museu da Cidade, Nuno Faria, ia deixar o cargo por “visões não convergentes para o futuro” e que seria a equipa da instituição a assegurar as suas funções.
A par do Museu da Cidade, Nuno Faria deixou também a empresa municipal Ágora, na qual era responsável pela divisão de museu e coleções.
O Museu da Cidade do Porto é composto por 17 espaços, designados por estações, de natureza diversa, como espaços arqueológicos, reservatórios, espaços industriais, com jardins, quintas e parques, bibliotecas e o arquivo histórico.
Os mais conhecidos são a Casa do Infante, a Casa Guerra Junqueiro, a Casa Tait e o Matadouro.
Lusa
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