A Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25 exigiu que o Governo suspenda imediatamente as portagens naquelas vias, face ao agravamento generalizado dos custos, e também reivindicou a abolição formal dos pagamentos a partir do próximo ano.
“Foi aprovada a proposta no sentido de exigir a suspensão imediata das portagens, face ao aumento desmesurado do custo de vida e à situação gravíssima do ponto de vista económico e social que estão a viver as empresas e as populações”, afirmou Luís Garra, da Plataforma.
Este responsável falava no final de uma reunião do conselho geral daquele organismo que agrega várias entidades de luta contra as portagens nas antigas SCUT [vias sem custo para o utilizador].
Segundo Luís Garra, da Plataforma, realçou que a deliberação aprovada também inclui a exigência para que “a reposição formal das SCUT esteja inscrita no Orçamento do Estado para 2023”.
Luís Garra realçou que a Plataforma tem vindo a defender um caminho progressivo até à abolição, mas lembra que também sempre foi referido que esse caminho era para uma legislatura.
Luís Garra anunciou ainda que a Plataforma também vai estabelecer novas parcerias para “dar maior músculo” ao processo reivindicativo e que vai solicitar reuniões às comissões de utentes da A25, em Viseu, e da A24, em Vila Real.
O objetivo é agilizar convergências, quer na tomada de posições, quer em ações concretas que possam vir a ser realizadas no futuro.
Além disso, também será lançado o manifesto “Todos Juntos pela Reposição das SCUT e as associações empresariais e as organizações sindicais de Viseu, Vila Real, Bragança, Portalegre e Santarém serão convidadas a estarem entre as entidades subscritoras.
O documento ficará disponível para todos os que o queiram assinar, sejam pessoas individuais, empresas ou entidades.
Em setembro, no âmbito da preparação do Orçamento do Estado para 2023, serão ainda solicitadas novas reuniões ao primeiro-ministro, e aos ministros das Finanças, Infraestruturas e Habitação e Coesão Territorial.
Luís Garra também salientou que essa suspensão seria uma “medida de bom senso económico”, porque o aumento dos custos dos combustíveis ou dos bens essenciais está penalizar ainda mais quem vive no Interior, dado que a distância também se reflete nos gastos de uma deslocação ou no preço dos produtos.
Já Ana Palmeira de Oliveira, que também integra a Plataforma, considerou que a suspensão imediata das portagens “é uma questão de justiça para quem vive no Interior” e mostrou-se expectante de que o canal de negociação com o Governo se mantenha.
Na reunião ficou já agendada, para o fim de setembro, a realização de um fórum de participação cívica para dar mais alguma força ao processo.
Foi ainda dado conhecimento da adesão de três novas entidades ao Conselho Geral, designadamente direções distritais da ANAFRE dos distritos de Castelo Branco e da Guarda e da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto.
A Plataforma P’la Reposição das SCUT nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.
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