As contas do município de Viseu alusivas ao exercício económico do ano de 2021 foram aprovadas em reunião do executivo.
De um modo geral, e reforçando a tendência verificada nos anos anteriores, a receita global voltou a exibir uma trajetória ascendente, atingindo, no ano de 2021, mais de 94,4 milhões de euros, o que permite concluir que, em termos comparativos com o ano de 2020, foram cobrados mais 9,8 milhões de euros. Este valor reflete em larga medida a incorporação de verbas da descentralização de competências na área da Educação.
Verifica-se ainda que a receita global foi superior à despesa global em mais de 18 milhões de euros, exprimindo assim que a receita representou 123,66% da despesa.
O valor da despesa paga corresponde a mais de 76,4 milhões de euros e, desta importância, 53,8 milhões de euros foram aplicados em despesa corrente e quase 22,6 milhões de euros em despesa de capital. Realçar que o ano 2021 foi um ano muito marcado pelo COVID-19 e pelas despesas daí decorrentes, realçou o autarca de Viseu, Fernando Ruas.
No ano transato, o Município de Viseu continuou a cumprir a regra do equilíbrio orçamental, constatando-se que a receita corrente bruta foi superior à soma das despesas correntes com as amortizações médias de empréstimos de médio e longo prazo, em 6,2 milhões de euros.
O ativo do Município apresentou um valor de cerca de 286,7 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento de 8,4% face ao ano de 2020. Já o ativo não corrente totalizou 235,4 milhões de euros, com um crescimento de 10,8%, onde se evidenciam os ativos fixos tangíveis com um aumento de 21,3 milhões de euros em relação ao ano anterior, de 2020. Isto justifica-se na sua maioria pela transferência para o ativo do Município dos edifícios associadas à descentralização de competências na área da Educação.
O resultado líquido do exercício do Município de Viseu apresentou um montante negativo de cerca de 1 milhão de euros. Em termos gerais, este resultado foi fortemente influenciado pela descentralização de competências na área da Educação, efetivada a 1 de fevereiro de 2021, pelos custos da crise económica e social instaurados pela pandemia COVID-19 e, ainda, pelo acréscimo significativo das depreciações e amortizações dos ativos da autarquia.
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