Um homem foi detido e cinco identificados, numa investigação que desmantelou uma rede de furtos de veículos de matrícula estrangeira que operava nas zonas Centro e Norte do país, anunciou hoje a Guarda Nacional Republicana (GNR).
“O Comando Territorial de Viseu, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Viseu, deteve ontem [terça-feira] um homem de 69 anos, por posse de armas proibidas, e identificou cinco, com idades compreendidas entre os 35 e os 56 anos, no âmbito de um processo de furto de veículos de matrícula estrangeira, na zona centro e norte do país”, anuncia a GNR num comunicado.
Estas detenções aconteceram no decorrer de uma investigação que se iniciou no mês de março, refere a GNR, e na qual “foi possível apurar a existência de um esquema com origem em França e na Suíça, onde são furtados, ou dados como furtados, veículos de alta cilindrada”.
Esses automóveis, continua, são “transportados para Portugal, onde são rececionados e desmantelados para depois serem vendidos em peças, ou vendidos com outras matrículas, que configuram os crimes de furto qualificado, burla a seguros, recetação, falsificação e fraude fiscal”.
No decorrer da investigação, a GNR cumpriu um total de “259 buscas, sete mandados de busca domiciliária e a 252 buscas não domiciliárias, nomeadamente em oficinas e em locais onde os visados possuíam os veículos parqueados”.
As buscas decorreram em concelhos do distrito de Viseu (São Pedro do Sul, Viseu, Mangualde e Sernancelhe); Guarda (Seia); Aveiro (Vagos) e Braga (Vila Nova de Famalicão e Celorico de Basto) onde também foi apreendido diverso material.
A lista de material apreendido, segundo a GNR, contabiliza “14 veículos de alta cilindrada, duas caçadeiras, 47 cartuchos, uma pistola de alarme, uma pressão de ar, dois bastões extensíveis e um gás-pimenta”.
E ainda “várias matrículas associadas a veículos furtados, documentos de identificação de veículos furtados, conjuntos de punção para viciação dos números de chassis, três máquinas de diagnóstico de veículos, três telemóveis, oito catalisadores e diverso material informático”.
A GNR de Viseu, que contou nesta operação com reforço de outras valências do comando territorial do distrito e ainda da GNR de Aveiro, de Braga e da Guarda, remeteu os factos para o Tribunal Judicial de Viseu.
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