oaquim Amaral venceu a presidência da Câmara de Nelas, reconquistando para o PSD/CDS-PP a autarquia que estava nas mãos do PS há oito anos, e a sua primeira medida passa por avaliar a situação financeira da autarquia.
“Neste momento, a prioridade das prioridades é aferirmos toda a parte financeira da autarquia, que era uma questão que nos causava uma preocupação grande e depois avançarmos para políticas concretas, que tenham a ver com o desenvolvimento e entidade do concelho”, afirmou Joaquim Amaral.
O candidato, que conquistou 52,25% dos votos, disse à agência Lusa que foi uma vitória que o deixou “muito satisfeito e muito honrado” e que, em seu entender, resulta de “um projeto abrangente, inclusivo, participado, aberto” e não só.
O facto de a candidatura integrar “muitos cidadãos independentes e mesmo de outros quadrantes políticos (e foi esse o [seu] grande móbil)” foi “determinante para conseguirmos alcançar o objetivo a que nos propusemos de conquistar a Câmara Municipal de Nelas”, defendeu.
A coligação PSD/CDS-PP venceu em cinco das sete freguesias do concelho. O PS manteve a União Santar e Moreira e a Lapa do Lobo e perdeu para a coligação a União de Freguesias de Carvalhal Redondo e Aguieira; de Vilar Seco e de Nelas.
Pela primeira vez, desde a década de 90 do século passado, a coligação apresentou um candidato em Canas de Senhorim onde obteve uma “conquista histórica para o concelho” ao vencer com 57,54% dos votos.
Joaquim Amaral não poupou elogios à “participação democrática da população do concelho” e fez questão de sublinhar que estará “sempre disponível para auscultar os contributos das diferentes políticas”.
“Acho que é uma forma de fazer política participativa inclusiva que tem de funcionar”, defendeu o futuro presidente que reconheceu que tem “grandes desafios” e também “muitos dossiês em curso para fechar e acompanhar”, além de “novos desafios prementes”.
José Borges da Silva, que estava no comando da autarquia desde 2013, eleito pelo PS, disse à agência Lusa que “a segunda melhor coisa depois de ganhar, em democracia, é perder as eleições, é sinal que se concorreu”.
“Já mandei as felicitações ao Joaquim Amaral que ganhou e desejei-lhe sucesso no exercício das funções, porque o sucesso dele tem como consequência o desenvolvimento e o bem-estar da população do concelho de Nelas que é o que desejamos todos”, disse.
Reconheceu que está “ainda a ponderar” se vai manter-se ou não como vereador da oposição, uma vez que tem de “pensar muito bem” se regressa ou não à vida profissional que tinha antes de ser presidente, advogado.
Independentemente da decisão que tomar, disse, deixou uma promessa: “Nasci em Nelas e gosto muito da minha terra e adotarei um comportamento democrático e cívico que melhor servir os interesses de Nelas”.
Joaquim Amaral (PSD/CDS-PP) conquistou 52,25% dos votos (4.004) conseguindo quatro mandatos e José Borges da Silva (PS), atual presidente, conseguiu 39,45% (3.023) do eleitorado e etrês mandatos. À câmara também concorreu Mário Gandra (CDU) que atingiu 3,43% (263) dos votos.
Em Nelas registaram-se 2,75% (211) de votos em branco e 2,11% (162) votos nulos, num universo de 12.539 inscritos e votaram 7.663 cidadãos, ou seja, 61,11% do eleitorado
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