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Jerónimo de Sousa defendeu em Viseu, equilíbrio entre restrições e vida dos portugueses

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu em Viseu que é preciso encontrar o “equilíbrio difícil” entre as medidas para evitar o contágio do novo coronavírus e a necessidade de os portugueses continuarem a trabalhar e a conviver.

Ao intervir em Viseu, durante uma sessão pública integrada na campanha da candidatura de João Ferreira à Presidência da República, Jerónimo de Sousa disse que “as restrições anunciadas são muitas, mas o Governo aponta poucas soluções”.

“Nós consideramos que é fundamental levar a sério as medidas de proteção sanitária tendo em conta a dimensão da epidemia. Sim, tomemos essas medidas com sentido de responsabilidade. Mas queremos ouvir mais”, frisou.

Na opinião do líder do PCP, “não basta propor restrições”, tem também de haver “possibilidades de reforço do Serviço Nacional de Saúde, de profissionais e de camas”, e de se criar “as condições para que esses profissionais vejam garantidos os seus próprios direitos”.

“Estamos de acordo, mas esta questão do confinamento que alguns dizem fundamental, incontornável, levanta uma questão: é que podemos todos confinar-nos, acabamos com as transmissões do vírus, o problema é que podemos acabar com a vida”, considerou.

Neste âmbito, Jerónimo de Sousa disse que as medidas de proteção também devem permitir “que os portugueses, os pequenos e médios empresários, os homens da restauração, aqueles que hoje são vítimas desta pressão tremenda em relação ao confinamento, encontrem uma forma de respirar, de continuar com as suas atividades”.

O líder comunista aludiu aos “problemas que se estão a acumular com esses confinamentos, com essas limitações, das doenças, designadamente doenças mentais, do atraso das consultas, dos exames, das intervenções cirúrgicas”, e alertou para “os efeitos tremendos que isto tem na vida das pessoas que, cada vez mais confinadas, sentem as limitações e algumas até abdicam de viver”.

“O ser humano não está para ser confinado. O ser humano precisa do convívio, da dimensão social, cultural, de fruir a vida”, realçou, acrescentando que é por isso que tem de ser encontrado um equilíbrio.

Jerónimo de Sousa terminou o seu discurso com uma mensagem de esperança de que será possível sair da situação provocada pela pandemia de covid-19.

“Achamos que é possível, porque temos os instrumentos políticos, constitucionais, legais, para dar esta contribuição”, afirmou.

Segundo Jerónimo de Sousa, “a candidatura de João Ferreira tem uma vantagem sobre qualquer outra”, sendo a única que “afirma sem tibiezas que defenderá, cumprirá e vai fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.

 

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