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João Aguiar, presidente da Associação Empresarial da Beira Alta (AEBA)

Sernancelhe. Empresário diz que “incompetência da DGS” levou a fecho de associação

O presidente da Associação Empresarial da Beira Alta (AEBA) disse à agência Lusa que a sede está fechada por “incompetência” da Direção-Geral da Saúde (DGS) que não avisou uma funcionária do teste positivo para o novo coronavírus.

Há aqui uma incompetência total ao não avisarem as pessoas e é uma incongruência, porque pedem todo o cuidado e cumprimento de regras e normas e, depois, deixam uma pessoa ir trabalhar positiva” por “não avisarem a pessoa em questão”, que passou uma manhã inteira a trabalhar e a contactar outras pessoas”, acusou João Aguiar.

O empresário e presidente da AEBA contou à agência Lusa que uma das duas funcionárias foi fazer o teste para o novo coronavírus, que provoca a covid-19, por sua iniciativa, uma vez que tinha férias marcadas e tencionava ausentar-se do País.

“Nesse sentido, pediu à médica de família para fazer o teste e foi ao SUB [Serviço de Urgência Básica] de Moimenta da Beira, não foi a nenhuma clínica privada, foi no sábado às 09:00. Sem qualquer resposta, na segunda-feira apresentou-se ao serviço”, referiu.

Da mesma forma, a outra funcionária, “que até levou o filho de sete anos, com a devida autorização (por estar em férias escolares)”, ficando a duas “uma manhã inteira a trabalhar em conjunto”.

“É certo que estiveram com máscara, mas era uma sala com dois ou três metros quadrados, mais a criança. Já depois das 12:00, a médica de família telefonou-lhe para falarem sobre os procedimentos a ter, convencida de que sabia e que estaria em casa, porque estava no sistema desde as 23:00 do dia anterior que ela estava positiva”, avançou.

Perante o sucedido, João Aguiar contactou a Proteção Civil Municipal de Sernancelhe, onde se situa a sede da AEBA, “que desinfetou o local e providenciou testes” para o presidente, o outro diretor e a outra funcionária, adiantou.

“A DGS mandou a outra funcionária ir trabalhar na terça-feira, disse que ela não teve em contacto de risco, porque não tinha estado com ela dois dias antes de ir fazer o teste. O facto de estar uma manhã inteira num sítio fechado que não era problemático”, relatou.

Uma resposta que “não agradou” a João Aguiar que, por sua inicitiva, encerrou a associação. “O trabalho está suspenso, e a funcionária está em casa em quarentena profilática voluntária, assim como os restantes contactos daquela manhã”.

“Até hoje, dia 30, nada sabemos da DGS, porque a mandaram ir trabalhar, eu é que, enquanto presidente da associação, defendo que não podemos só exigir cuidado, temos também de o ter e por isso também ficámos voluntariamente em casa de quarentena”, assumiu.

João Aguiar disse ainda que desde o início da pandemia a AEBA “restringiu muito o acesso à associação” e, por isso, “na manhã do dia 28 só estiveram cinco empresários” na sede e “todos eles já foram fazer o teste e estão em quarentena voluntária”.

“Um erro humano que suspendeu a vida de vários empresários e daí o meu alerta, porque isto não pode voltar a acontecer. Eu questiono quantas pessoas andam infetadas na rua e no trabalho?”, concluiu João Aguiar.

 

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