Home / Notícias / Viseu e Sátão vão comparticipar requalificação da Estrada Nacional 229

Viseu e Sátão vão comparticipar requalificação da Estrada Nacional 229

Os presidentes das Câmaras de Viseu e de Sátão anunciaram hoje que vão celebrar um acordo com a Infraestruturas de Portugal para a requalificação da Estrada Nacional 229, que liga os dois concelhos, apesar de o considerarem injusto.

As duas autarquias decidiram comparticipar a obra em 1,4 milhões de euros, cabendo 1,150 milhões de euros a Viseu e 250 mil euros ao Sátão, apesar de se tratar de uma estrada nacional.

A Infraestruturas de Portugal (IP) assumirá a responsabilidade pela execução, fiscalização e gestão da obra, orçada em 12,2 milhões de euros e que tem uma extensão de 15,4 quilómetros.

“Vale mais um mau acordo do que uma boa demanda”, disse aos jornalistas o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), mostrando-se convencido de que, se as duas autarquias não chegassem a acordo com a IP, estariam a “eternizar um problema” que se arrasta há já muitos anos.

O antigo secretário de Estado da Economia referiu que, “sempre que há uma obra em Lisboa e Porto, elas são comparticipadas e pagas pelo Estado central e os municípios nunca são chamados a fazer este sacrifício”, mas no caso de Viseu isso não aconteceu.

Por considerarem que “em primeiro lugar estão os interesses das populações”, os dois autarcas decidiram chegar a acordo com a IP, apesar de não concordarem.

Segundo Almeida Henriques, o acordo inclui quer a requalificação da EN 229 até ao Sátão, quer a construção da nova variante que vai do parque empresarial do Mundão até ao antigo Itinerário Principal 5.

O processo está agora na IP, para depois ser assinado em Viseu, levado às reuniões de Câmara dos dois municípios e ser lançado o concurso (no caso de Viseu, como a verba é superior a 750 mil euros, terá de obter visto do Tribunal de Contas).

O autarca de Viseu lembrou que, há cinco anos, foi assinado um protocolo com o governo de Passos Coelho para a requalificação da estrada, mas que nunca foi colocado em prática.

O presidente da Câmara de Sátão, Paulo Santos (PSD), disse aos jornalistas esperar que este “não seja mais um passo, mas o definitivo”.

Paulo Santos referiu que, de acordo com dados da IP, circulam cerca de nove mil viaturas por dia na EN 229, “muito mais do que em algumas autoestradas”, e que os 18 quilómetros que distam entre Viseu e Sátão demoram entre 30 e 40 minutos a percorrer.

“O dinheiro não estica” e “alguma obra vai ter de ficar para trás, porém, os benefícios serão enormes”, sublinhou, acrescentando que “não será pela falta desta verba que a obra não terá execução”.

O autarca lamentou que, no entanto, os dois municípios tenham “lutado quase sozinhos na tentativa de resolver um problema que respeita a toda a região”.

Almeida Henriques lembrou que esta obra beneficia não apenas os municípios de Viseu e de Sátão, mas também os de Vila Nova de Paiva, Aguiar da Beira, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono e São João da Pesqueira.

Estes municípios, numa reunião realizada em julho de 2019, mostraram-se solidários na reivindicação, “mas colocaram-se de fora da parte da comparticipação da obra”, recordou.

 

Pode ver também

Aquilino Rocha Pinto reconduzido na Associação de Ténis de Mesa

Eleições para os corpos sociais da Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu …

Comente este artigo