Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões exige que o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que, a partir de quinta-feira, vai operar a partir de Loures, fique no território, em prol da coesão territorial.
Em comunicado, a CIM refere que “foi com surpresa e estupefação” que, tal como os seus autarcas, soube pela comunicação social que o helicóptero do INEM que estava provisoriamente em Viseu “iria ser desviado” para a Área Metropolitana de Lisboa.
No seu entender, “esta é mais uma machadada na tão famigerada coesão territorial, deixando, mais uma vez, ao abandono, o interior do país”.
“O Conselho Intermunicipal da CIM Viseu Dão Lafões manifesta, de forma veemente e unânime, o seu repúdio por tal decisão, exigindo que o mesmo se mantenha a operar no território como até aqui o vinha fazendo”, sublinha.
Esta estrutura pergunta ao presidente do INEM “quais foram as diligências por si empreendidas no sentido de, em parceria com a CIM Viseu Dão Lafões e os municípios seus associados, encontrar soluções que mantivessem o helicóptero ao serviço de toda esta vasta região do interior”.
Na segunda-feira, o INEM anunciou que o helicóptero posicionado no Aeródromo Municipal de Viseu, e que anteriormente estava em Santa Comba Dão, vai deixar de operar a partir desta localização, sendo relocalizado temporariamente no heliporto de Salemas, em Loures, de forma a manter a operacionalidade deste meio aéreo e “sempre no cumprimento estrito de todos os requisitos e normas aplicáveis à operação aeronáutica”.
Segundo o INEM, o helicóptero vai operar a partir de Salemas até que seja implementada uma solução definitiva que permita a certificação do Heliporto de Santa Comba Dão como base permanente.
O Instituto Nacional de Emergência Médica avança que esta solução se encontra a ser trabalhada entre as entidades responsáveis, tendo sido garantido ao INEM que a criação das condições necessárias para a certificação do heliporto irá acontecer num curto espaço de tempo.
O INEM explica que, em outubro de 2019, “a Babcock (empresa responsável pela gestão da operação, aeronavegabilidade permanente e manutenção do Serviço de Helicópteros de Emergência Médica), informou o Instituto, após notificação da Autoridade Nacional de Aviação Civil, que o helicóptero sediado no heliporto de Santa Comba Dão teria de suspender imediatamente a sua atividade nesta infraestrutura, uma vez que a mesma não estava certificada como base permanente para emergência médica”.
Na sequência dessa informação, o INEM viu-se na necessidade de tomar medidas imediatas para garantir as melhores condições para o cumprimento da atividade, tendo sido possível transferir este helicóptero para o Aeródromo Municipal de Viseu nesse mesmo dia, mas a solução encontrada era limitada no tempo.
“A saída do helicóptero de Santa Comba Dão não resultou de uma decisão do INEM”, frisa ainda o comunicado.
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