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PSA Mangualde sem data para retoma da atividade

Data de reabertura será articulada em diálogo com a representação dos trabalhadores e terá de ter também em consideração o nível de liberdade que o Governo e as autoridades permitirem às empresas.

O centro de produção de Mangualde do grupo PSA admitiu esta terça-feira que está dependente da “liberalização” do Governo para retomar a atividade e, entretanto, já tem a fábrica com regras de segurança para o regresso dos colaboradores.

“[A fábrica] Oferece um elevado nível de proteção aos nossos colaboradores, portanto, neste momento, estamos preparados, embora a data de retoma, nesta fase, ainda não esteja definida”, assumiu o diretor de comunicação do grupo PSA em Portugal.

Jorge Magalhães explicou que a data será “articulada em diálogo com a representação dos trabalhadores e terá de ter também em consideração o nível de liberdade que o Governo e as autoridades permitirem às empresas retomarem, não apenas a produção industrial e a atividade industrial, mas também a atividade comercial”.

O diretor de comunicação falava aos jornalistas após uma visita guiada pela fábrica para mostrar as “mais de 100 medidas implementadas” pelo grupo e que fazem parte de um “protocolo reforçado de segurança e proteção” dos trabalhadores.

Medidas que se sentem à chegada, uma vez que “ninguém entra sem que lhe seja medida a temperatura” e, nesta fase, “não há visitas à fábrica nem reuniões presenciais, assim como também estão suspensos os ‘briefings’ matinais”.

“Se a pessoa acusar mais do que 37,5 graus de temperatura, já não entra, explicou o enfermeiro da fábrica, enquanto media a temperatura corporal, e no interior “há três salas de isolamento para a eventualidade de haver alguém com algum sintoma da covid-19, para que fique isolado e entre em contacto com a linha da Saúde 24”.

As medidas, explicou Jorge Magalhães, “foram elaboradas, inclusivamente, com a colaboração e o contributo da representação dos trabalhadores e as autoridades de saúde”, e todas elas “foram implementadas e auditadas pelo grupo PSA e pela Direção Geral da Saúde” e, por isso, defendeu que estão preparados para o regresso à atividade.

“Nós esperamos que retome o quanto antes. Obviamente, quanto mais tempo demorar a retoma, mais impactos teremos ao nível económico, social, de exportações, portanto, toda a atividade industrial do país. O nosso desejo é retomar a atividade o quanto antes”, afirmou.

Impactos esses que, “atualmente, são muito difíceis de prever”, uma vez que a fábrica está fechada desde o dia 18 de março e a retoma vai acontecer de forma “gradual e faseada” e, neste sentido, o diretor de comunicação lembrou que o centro de produção tinha uma produção de “375 viaturas diariamente”.

No regresso, admitiu, as medidas “vão seguramente condicionar” a produção e, por isso, quando acontecer a retoma da atividade, ela “será progressiva e gradual”, o que significa que a fábrica “não vai iniciar a 100%”.

“Teremos equipas mais reduzidas de trabalhadores a laborar, por numa questão de segurança, ajustaremos passo a passo e de forma segura todos os momentos até termos o contexto para termos a fábrica que possa funcionar em pleno”, explicou.

No entender de Jorge Magalhães, “há três grandes razões” para assegurar a plena atividade e a primeira passa pela “proteção das equipas e a esse nível está assegurado, um segundo nível é a possibilidade de vender e comercializar os automóveis” produzidos na fábrica e, por fim, “e essa estará assegurada no momento da retoma da produção, que é a cadeia dos abastecimentos e aprovisionamentos”.

Durante a visita, o responsável pelo setor de montagem e logística operacional explicou que a cantina está com o acesso limitado, há espaçamento entre os utilizadores, ninguém come de frente para ninguém, e as mesas têm papel e desinfetante para que os colaboradores desinfetam antes e depois de usarem.

“O serviço da cantina está fechado, os colaboradores terão de trazer a comida de casa e reforçámos as equipas de limpeza que de duas em duas horas vão desinfetar os locais. Também passámos de duas pausas por turno, para oito, porque assim é possível parar de hora a hora para desinfetar mãos e equipamento”, explicou Ricardo Batista.

A fábrica está agora “como o código na estrada”, comparou o ‘guia’, ao evidenciar a sinalética no chão entre setas a verde e cruzes a vermelho para indicar as direções a seguir e as cruzes amarelas a marcar os dois metros obrigatórios de afastamento.

Os painéis espalhados por todas as paredes são outra das medidas implementadas pela empresa que tem ao longo dos corredores vários cartazes a relembrar todos os cuidados individuais e doseadores de álcool gel e, junto de cada bancada individual de trabalho, está um borrifador com desinfetante e papel e toda a informação geral e a específica do departamento.

 

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