Home / Notícias / Governo quer solução para garantir em definitivo ligação aérea com escala em Viseu

Governo quer solução para garantir em definitivo ligação aérea com escala em Viseu

A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, adiantou que o Governo está a trabalhar para encontrar uma solução que garanta a manutenção da ligação aérea Bragança/Portimão.

“Estamos a trabalhar para resolver [definitivamente] o problema e, portanto, para já, o problema está [provisoriamente] resolvido”, garantiu em declarações aos jornalistas durante o briefing do Conselho de Ministro de hoje que decorreu em Bragança.

Questionada pelos jornalistas, a governante não esclareceu, contudo, se a indemnização compensatória vai continuar a ser assegurada, reiterando apenas que o problema está a ser acompanhado.

“Aquilo que se discutiu a semana passada foi uma suspensão do voo que não se verifica porque o problema está a ser resolvido. Portanto, quando estiver totalmente fechado daremos notícias”, afirmou, sublinhando que o tema não foi discutido durante a reunião do Conselho de Ministros.

Em causa está a continuação da carreira aérea Bragança/Portimão, que foi posta em causa no dia 12 de fevereiro, quando a empresa que faz aquela rota, a Sevenair, anunciou que a linha aérea regional ficaria “temporariamente encerrada”.

A Sevenair fez ainda saber nesse dia que a sua reativação estava condicionada à contratação do serviço público, que ainda não tinha sido formalizada até à data.

Entretanto, no dia 21 de fevereiro, a empresa informou que foi encontrada uma solução provisória com o Governo, revelando que os voos já não iam ser interrompidos como havia sido anunciado.

À data, em comunicado, a administração da Sevenair esclarecia os clientes que, na sequência de conversações com o Governo, foi possível encontrar uma solução, ainda que provisória, “para que a normalidade da linha Bragança – Viseu – Cascais – Portimão não seja interrompida”.

A operadora registava “o empenho” do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, “na resolução deste impasse e na manifestação inequívoca da importância desta linha para a população”.

A empresa está a assegurar a ligação há mais de um ano com aditamentos ao contrato de concessão, que terminou em dezembro de 2018.

O presidente da empresa, Pedro Leal, disse em 21 de fevereiro à rádio Brigantia de Bragança que a operadora não recebe há um ano e dois meses, desde que começaram as prorrogações dos prazos, e que o valor global em dívida ascende a mais de 2,6 milhões de euros.

O presidente disse ainda que a empresa não estava disponível para novos aditamentos ao contrato até receber do Estado os valores em dívida.

O concurso público para o novo contrato de concessão daquela rota foi lançado há mais de um ano, mas aguarda ainda visto do Tribunal de Contas.

O concurso foi ganho pela mesma empresa e, quando for oficializado, garantirá o serviço por quatro anos com uma compensação financeira de 10,4 milhões de euros.

Bragança tem voos regulares com Lisboa desde 1997. A ligação foi interrompida entre 2012 e 2015, por decisão do Governo de então, e retomada em 2015 com um contrato de concessão de três anos e o alargamento dos voos até ao Algarve.

No final de 2018, a continuidade do serviço foi posta em causa por o contrato estar a terminar e ainda não ter sido lançado novo concurso. Em dezembro desse ano, o Governo anunciou a abertura do concurso e por um prazo mais longo de quatro anos.

Desde então, que os voos têm sido realizados com prorrogações dos prazos, como a de 90 dias que termina a 22 de fevereiro, sem que o contrato definitivo esteja oficializado.

 

Pode ver também

Aquilino Rocha Pinto reconduzido na Associação de Ténis de Mesa

Eleições para os corpos sociais da Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu …

Comente este artigo