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Compras de Natal ainda não chegou ao centro histórico de Viseu

A agitação das compras de Natal ainda não chegou às lojas do centro histórico de Viseu, estando o negócio “muito parado” e os comerciantes sem grandes esperanças de que melhore nos próximos dias.

As pessoas entram, perguntam os preços, mas não levam nada. Hoje já cá vieram umas três ou quatro que fizeram isso”, contou à agência Lusa Maria Carvalho, do Bazar Litos, num dia em que só tinha vendido “um carrito pequenino, que custou cinco euros”.

As prateleiras da sua loja, situada a meio da Rua Direita, estão cheias de brinquedos. Não faltam as bonecas, os carrinhos e os jogos de tabuleiros que as crianças esperam ter debaixo da árvore de Natal.

Com loja aberta há cerca de três décadas, Maria Carvalho recorda com saudades os tempos em que ela se enchia nesta altura do ano, o que implicava ter os filhos e pessoas amigas a ajudar nas vendas.

“Agora toda a gente compra os brinquedos nos hipermercados e nos centros comerciais”, lamentou.

Um pouco mais acima, na mesma rua, Maria de Fátima Santos também se queixa da “diminuição das vendas de ano para ano”, na sua loja Magnólia, onde se podem comprar produtos de decoração e utilidades para a casa.

“No ano passado, nesta altura, já havia mais movimento. Houve pessoas que até começaram a fazer as compras em novembro”, contou.

A maior parte das pessoas quer “tudo baratinho”, mas há também quem chegue com a intenção de comprar prendas acima dos 30 euros.

“Sempre se ouviu dizer que na Rua Direita passa o rico e passa o pobre”, referiu.

Na loja de artesanato Viriato, situada junto à Sé e à Igreja da Misericórdia, Fernanda Silva tem a mesma sensação dos comerciantes da Rua Direita: “Está tudo muito parado”.

“Hoje tive três ou quatro clientes, mas há dias em que não tenho nenhum”, lamentou.

Na sua loja, há pequenas peças de artesanato que custam menos de cinco euros e outras mais caras. No ‘top’ de vendas desta altura do ano costumam estar as pantufas em pele natural, tendo também saída os artigos em cortiça e a loiça pintada à mão.

“As pessoas até procuram o artesanato como oferta, mas os centros comerciais e os hipermercados deram cabo de tudo”, porque também têm este tipo de artigos, acrescentou.

Junto a uma das portas da muralha de Viseu está a Agulha do Tempo, que vende chás e produtos tradicionais portugueses (como compotas, azeites e licores) e que, nesta época do ano, lança sempre uma nova infusão.

José Pereira contou à Lusa que este está a ser o pior ano em termos de vendas e que, apesar de aceitar encomendas de cabazes de Natal, ainda não teve uma única confirmada.

“Fiz três cabazes para levar para o festival Tinto no Branco, para divulgar, fiquei com duas ou três eventuais reservas, mas ainda nenhuma foi confirmada. E com os chás aconteceu a mesma coisa”, afirmou.

Segundo José Pereira, no ano passado, por esta altura, “as vendas já tinham acelerado mais um bocadinho”, mas “este ano, em termos gerais, também foi mais fraco”.

“Ainda no domingo passado abri à tarde e vieram cá mais pessoas do que num dia normal, mas só fiz duas ou três vendas”, acrescentou.

 

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