O projeto Creta, do Teatro da Cidade, realiza, todos os domingos de maio, em Viseu, recitais da poesia de Ruy Belo, com interpretação de Sofia Moura e Guilherme Gomes, o ator e mentor da iniciativa.
“Viseu e o interior, também pode ser uma boa opção de trabalho artístico e criativo, uma boa opção cultural”, assumiu Guilherme Gomes, que é natural da cidade de Vieu, mas que se tornou um dos fundadores do Teatro da Cidade, em Lisboa, em 2015.
É este elo à cidade que onde nasceu, que o levou à criação do projeto Creta – Laboratório de Criação Teatral, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Viseu, e apresenta no próximo domingo a primeira atividade: um recital de poesia de Ruy Belo.
Guilherme Gomes não esconde a “afinidade muito grande” que tem com a poesia do escritor, o que tornou a escolha mais “simples e óbvia” para o arranque do projeto do Teatro da Cidade em Viseu.
Guilherme Gomes e Sofia Moura darão voz, todos os domingos de maio, a partir das 16:00, no Museu Almeida Moreira, em Viseu, à poesia de Ruy Belo, que “obriga a pensar e refletir sobre a individualidade” e sobre a questão grega: quem é que nós somos?”.
Ainda em maio, no fim-de-semana do dia 18, o Creta tem programado uma oficina de criação com “uma costureira local, para se saber como se faz um vestido” e, segundo disse, “é aberto a todos os criadores e interessados em criação artística, para aprenderem ou desenvolverem outras formas de criar” roupa para o teatro.
Este projeto do Teatro da Cidade, que começa agora a desenvolver atividades em Viseu, já tem agendados para junho uma oficina de produção e uma `master classe` sobre encenação, da responsabilidade de Luís Miguel Cintra.
Ao longo do ano, adiantou Guilherme Gomes, este Laboratório de Criação Teatral irá também dinamizar outras oficinas ligadas ao teatro, tertúlias e acolher e criar espetáculos na cidade de Viseu.
Guilherme Gomes não escondeu o desejo de “talvez, no futuro, criar em Viseu algumas raízes do Teatro da Cidade”.
Afinal, para este viseense, “é possível criar fora dos grandes centros urbanos”, e o projeto Creta “pode ser um bom início de trabalho com outros atores e produtores”.
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