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Museus Municipais de Viseu abrem portas a novos “tesouros” da pintura e arqueologia

Este fim de semana, dias 30 e 31 de março, o Museu Almeida Moreira e a Coleção Arqueológica José Coelho, na Casa do Miradouro, levantam o véu sobre tesouros da pintura e arqueologia. No caso da Coleção Arqueológica, revelam-se achados de um baú fechado há quase 30 anos. As entradas nestes museus e nas exposições temporárias são gratuitas.

“Alfredo Keil: um primeiro olhar” inaugura sábado, pelas 16H30, no Museu Almeida Moreira, e apresenta um percurso pela obra pictórica do português Alfredo Keil. Pese embora o seu reconhecimento público na área da poesia e da música (foi o compositor do hino nacional português “A Portuguesa”), Keil teve uma forte presença na pintura portuguesa, retratando nos seus trabalhos a essência das paisagens em seu redor.

Na casa do Capitão, seu admirador (cuja coleção privada integra três obras cedidas pelo filho de Keil, Luís Cinatti Keil), os visitantes terão um vislumbre sobre aquele que será o futuro Museu Keil do Amaral, a radicar na Casa da Calçada, em Viseu. Aqui, será albergada parte da produção artística e da coleção particular da família Keil do Amaral.

Já no domingo, pelas 17 horas, é na Casa do Miradouro, berço da Coleção Arqueológica José Coelho, que o museu municipal abre portas à sua primeira exposição temporária. “Do Arquivo: a Arqueologia na Rua das Ameias” valoriza, de modo inédito, os trabalhos de escavação arqueológica levados a cabo pela Câmara Municipal, sob a coordenação de João Inês Vaz, entre 1988 e 1991, na Rua das Ameias, em pleno Centro Histórico.

Aquilo que começou por ser um mero arranjo urbano, revelou, inicialmente, duas moedas de ouro e, com o decorrer das escavações, aquilo que viria a ser um importante conjunto de vestígios arqueológicos, fundamentais na perceção e investigação da história e identidade de Viseu.

Com a escavação encerrada em 1992, é agora trazido a público, pela primeira vez, através da exposição, o arquivo de informação, recolhido e produzido ao longo das quatro campanhas de escavação e pelos trabalhos de laboratório que se seguiram: registos e desenhos de campo, fotografias, fragmentos de artefactos, desenhos e restauros dos objetos encontrados.

A inauguração desta exposição será antecedida por uma conferência proferida pela arqueóloga Catarina Meira, investigadora radicada na Coleção Arqueológica José Coelho, intitulada “Redescobrir a Arqueologia da Rua das Ameias”, pelas 16 horas.

“Alfredo Keil: um primeiro olhar” estará patente até 26 de maio e “Do Arquivo: a Arqueologia na Rua das Ameias” até 30 de agosto.

 

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