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Hospital de Viseu com 41 casos de gripe A

A diretora clínica do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV), Helena Pinho, apelou hoje às pessoas afetadas pela gripe para não visitarem os doentes que estão internados no hospital, de modo a não os contagiarem.

“Nesta casa, não há controlo efetivo de visitas e, neste momento, temos tido casos de doentes que estão internados há vários dias que vieram a ter gripe e cuja fonte provável são as próprias visitas”, afirmou Helena Pinho, em conferência de imprensa.

Segundo a responsável, apesar de o CHTV ter feito cartazes para sensibilizar para esta situação, as visitas de pessoas com gripe continuam a ser recorrentes.

“Um dos doentes que estava para ser operado hoje teve a cirurgia cancelada por essa circunstância, porque alguém que o veio visitar transmitiu a gripe”, lamentou.

Filipa Almeida, adjunta da direção clínica e responsável pela Comissão de Controlo de Infeção e Resistência dos Antibióticos, disse aos jornalistas que, neste momento, estão 41 doentes internados com gripe A.

“Este ano há uma alteração em relação ao ano anterior, em que circulava concomitantemente o vírus influenza B, que este ano não tem sido responsável por internamentos”, explicou.

O “pico” do número de internamentos por gripe ocorreu no final da semana passada, com 52 doentes internados.

“Neste momento, está a diminuir o número de doentes internados por gripe e estamos a conseguir libertar medidas de isolamento em alguns dos quartos que estavam preenchidos por doentes com esta patologia”, acrescentou.

Segundo Filipa Almeida, outro vírus que “tem motivado internamentos e descompensações de doença crónica” é o vírus sincicial respiratório, que fragiliza os doentes e “faz com que haja o aumento do risco de desenvolverem uma pneumonia bacteriana”.

Helena Pinho referiu que há uma enfermaria da medicina que “tem a maioria dos casos não só da gripe, mas também de infeções pelo vírus sincicial respiratório”, que este ano “parece estar um bocadinho mais agressivo do que é costume”.

A diretora clínica admitiu que, neste momento, “quer devido ao plano de contingência sazonal associado às temperaturas mais frias, à epidemia de gripe, quer devido à greve cirúrgica”, o CHTV está a ter “alguns constrangimentos na resposta” à população.

“Precisávamos que as pessoas tivessem alguma tolerância, porque não nos está a ser fácil gerir as situações todas juntas. Não nos permite fazer toda a atividade que desejávamos”, afirmou.

De acordo com Helena Pinho, no CHTV não se registou “um pico de mortalidade”, mas sim “um aumento”.

“Já tivemos anos muito piores. É aquilo que é expectável nesta altura do ano, até mais por descompensações de outras patologias e porque temos uma população muito idosa”, justificou.

Filipa Almeida estima que, “se as temperaturas não voltarem a diminuir”, o número de doentes internados continuará a diminuir.

“No total, ao longo do mês de janeiro, foram 127 doentes internados por gripe. De fevereiro, estou a aguardar que me atualizem os dados”, acrescentou.

Lusa

 

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