Viseu: 28 milhões de euros para substituir árvores de crescimento rápido

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões referiu à agência Lusa que os autarcas estão preocupados com a regeneração natural dos eucaliptos e com os custos da limpeza das bermas.

Estas preocupações foram apresentadas, em reunião pedida pela CIM ao secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, com o intuito de fazer uma avaliação da implementação das medidas após os incêndios que atingiram a região em outubro de 2017.

O membro do governo diz que vão ser disponibiliozados 28 milhões de euros para essa medida, sendo que essa medida será regionalizada.

O governo pretende fazer a substituição de espécies de crescimento rápido por espécies de crescimento lento, em zonas devidamente vocacionadas para este tipo de espécies

Segundo Miguel Freitas, o grande objetivo desta medida “é retirar área de espécies de crescimento rápido, nomeadamente eucalipto, e substituir por espécies de crescimento lento”.

Explicou ainda que “existem medidas no PDR 2020 que assim funcionam”.

Miguel Freitas diz que foi possível negociar com Bruxelas uma medida que permite pagar a limpeza do terreno, a instalação da nova cultura e cinco anos de manutenção, sendo que esse pagamento dos cinco anos de manutenção são 120 euros por hectare ao ano.

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural sublinhou que o Governo não pretende “acabar com o eucalipto”.

A nova medida de apoio vai ser lançada em outubro e já decorreu uma reunião com as associações florestais na semana passada, admitindo o governante que a mesma será “um estímulo importante”.

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural disse à Lusa que “o primeiro grande objetivo é substituir o eucalipto por áreas de floresta de crescimento lento”, mas “essa medida também poderá servir para aqueles que queiram fazer a substituição em áreas ardidas”.