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Produtores do norte do distrito de Viseu reclamam “calamidade pública”

Entre 250 a 300 produtores agrícolas foram afetados, em Lamego, pela queda de granizo na passada quarta-feira, estimou a associação do setor, referindo que, em média, os prejuízos nas culturas situam-se na ordem dos 80%.

Em Lamego, os produtores, na sua maioria com explorações de cereja, maçã e pêra, “foram gravemente afetados” pela queda de granizo que se registou na quarta-feira,

Também se registam “grandes prejuízos” em três explorações de mirtilos do concelho, que, além do fruto destruído, têm as infraestruturas danificadas.

A estimativa dos prejuízos surge depois de uma reunião que decorreu na quinta-feira, em que estiveram presentes os presidentes das câmaras municipais de Lamego, Resende, Tarouca e Moimenta da Beira e agricultores”.

As explorações “ficaram gravemente afetadas”, principalmente na zona este do concelho, estando “comprometida a produção deste ano e do próximo ano”.

Depois de uma colheita fraca das variedades mais precoces da cereja, no início de junho, face à chuva, a colheita das restantes variedades ainda não tinha sido realizada, nem das maçãs ou das pêras.

Além de os frutos terem ficado destruídos, “os ramos que tinham gomos que iam dar fruto no próximo ano foram destruídos”.

“Quem tem seguros de colheitas vai ser indemnizado, só que o dinheiro que vai receber da indemnização representa 40% do prejuízo real”, ” realçou Sandra Luís, técnica agrícola responsável da Associação dos Produtores Agrícolas do Ave do Douro (APAVDouro).

Para a técnica da APAVDouro, “são necessárias medidas de apoio pelo Governo”.

A agricultura no norte do distrito de Viseu vai tornar-se insustentável, num território em que o setor predominante é o primário”, considerando, Sandra Luís, que deveria ser declarada calamidade pública.

 

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