O Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural foi atribuído ao escritor, professor e investigador Vítor Aguiar e Silva, de 78 anos e natural da freguesia de Real, no concelho de Penalva do Castelo, distrito de Viseu.
“Exemplo de cidadania cultural, que liga a dimensão didático-científica à pedagógica”, o júri destacou o “percurso incomum” de Aguiar e Silva, “nos domínios da Teoria Literária, instrumento fundamental na formação de gerações, da Literatura Portuguesa e na fixação e estudo de parte relevante da obra camoniana, num brilhante exercício de intervenção pública, quer pelo seu magistério universitário, quer pelas altas missões no campo da política da Língua e da Educação”.
Autor de “Camões: Labirintos e Fascínios” (1994), que lhe valeu o Prémio de Ensaio da Associação Portuguesa de Críticos Literários e o da Associação Portuguesa de Escritores; “A Lira Dourada e a Tuba Canora”, “Jorge de Sena e Camões. Trinta Anos de Amor e Melancolia” e “Teoria da Literatura”, obra de referência do autor que em alguns casos lhe valeram distinções como o Prémio Vergílio Ferreira em 2002, o Prémio Vida Literária em 2007 e o Prémio D. Diniz da Casa de Mateus em 2009.
Foi um dos signatários da petição “Em Defesa da Língua Portuguesa contra o Novo Acordo Ortográfico”.
Vítor Manuel Aguiar e Silva licenciou-se em Filologia Românica, na Universidade de Coimbra, onde se doutorou em Literatura Portuguesa e foi professor catedrático.
O Prémio Vasco Graça Moura-Cidadania Cultural, no valor de 40.000 euros, foi instituído pela Estoril-Sol, em parceria com a Editora Babel.
Segundo o regulamento, o Prémio Vasco Graça Moura pretende “distinguir um escritor, ensaísta, poeta, jornalista, tradutor ou produtor cultural que, ao longo da carreira – ou através de uma intervenção inovadora e de excecional importância -, haja contribuído para dignificar e projetar no espaço público o sector a que pertença”.
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