Por causa da seca severa que afeta a região e o país, a capacidade de água na Barragem de Fagilde, em Viseu, atingiu recentemente novos mínimos históricos. Neste momento está com apenas 15% da sua capacidade.
Para continuar a garantir o abastecimento público de água às populações no concelho, o Município de Viseu vai avançar no imediato com uma mega operação de compra e transporte de água a outros sistemas.
Diariamente, serão realizadas 112 cargas de camiões-cisterna para procurar salvaguardar a disponibilidade deste recurso aos utilizadores às localidades mais afetadas. “É o equivalente a uma fila de dois quilómetros e meio de camiões a circular por dia”, compara Almeida Henriques.
O investimento municipal mensal será de cerca de meio milhão de euros, englobando as operações de compra e transporte de água. Na prática, o custo da água adquirida será dez vezes superior ao valor de venda aos consumidores finais. Ou seja, a partir de agora, por cada litro de água que os munícipes pagam na fatura, o Município passará a pagar 10.
Para o autarca Almeida Henriques, trata-se de uma “situação de emergência que reclama medidas excecionais” e apela a “um momento de grande responsabilidade coletiva (…) e que “reclama um contributo consciente por parte de todos.”
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