A Lusovini, que é especializada na produção e distribuição de vinhos portugueses pelo mundo, anunciou que vai avançar com a internacionalização para os Estados Unidos (EUA) e para a Ásia.
Em comunicado, a Lusovini justifica que “os estudos apontam os Estados Unidos como o principal mercado potencial para o vinho português” e que o Oriente “é o maior mercado mundial”.
Neste âmbito, “decidiu avançar para a criação de uma empresa própria de distribuição nos EUA, com sede em New Jersey”, que começará a funcionar em abril, refere.
No segundo semestre do ano será a vez de abrir, em Taiwan (Formosa), um escritório de representações que “funcionará como base logística para a equipa comercial que irá trabalhar todos os mercados do Extremo Oriente, a começar pelo da China”.
Desta forma, a Lusovini “responde ao arrefecimento dos mercados da lusofonia em 2015, nos quais tem empresas de direito local em Angola, Brasil e Moçambique”.
O presidente da Lusovini, Casimiro Gomes, justificou a opção com o facto de os principais estudos de mercado (como o da ViniPortugal) apontarem os EUA “como o principal mercado potencial para o vinho português durante os próximos anos”.
“Por outro lado, o Oriente é o maior mercado mundial e continuará a sê-lo no futuro”, frisou, acrescentando que a Lusovini já lá tinha um delegado comercial permanente mas, a partir do segundo semestre deste ano, terá “uma equipa liderada por um dos administradores executivos do grupo, Pedro Dourado”.
No que respeita ao mercado norte-americano, as perspetivas para os vinhos portugueses este ano são animadoras. Em 2015, as exportações para os EUA aumentaram 19,5% entre janeiro e maio, transformando-os “no quarto mercado de exportação de vinhos portugueses, o segundo em termos de vinhos de mesa”.
Este foi também “o mercado de maior crescimento dentro dos cinco maiores mercados de exportação de Portugal”.
O facto de a revista norte-americana Wine Enthusiast ter escolhido, em outubro de 2014, o Pedra Cancela Seleção do Enólogo (vinho tinto do Dão produzido e distribuído pela Lusovini) como a sétima melhor escolha mundial nos vinhos vendidos em 2015 a menos de 15 dólares também deixa boas perspetivas.
“Para aproveitarmos todo o potencial dos Estados Unidos, para além do portfólio que já temos, vamos criar referências específicas só para este mercado”, avançou Casimiro Gomes.
A nova marca irá chamar-se Nelus, numa referência a Nelas, concelho da região do Dão onde a Lusovini tem a sua principal base logística.
Segundo Casimiro Gomes, estes serão “vinhos com um frutado um pouco mais exuberante do que é típico na região devido a um protagonismo maior de certas castas, como o alfrocheiro”.
“Nos vinhos do Porto, para além do branco Cambridge ICE (lançado em setembro), vamos ter um Tawny e um LBV da mesma marca que, pelo menos numa primeira fase, serão exclusivos para o mercado dos Estados Unidos”, acrescentou.
O grupo Lusovini produz e distribuiu quase 90 marcas de vinhos portugueses em todo o mundo. Com nova empresa norte-americana e o futuro escritório em Taiwan, prevê que as vendas cresçam 20% ao ano, ou seja, dupliquem nos próximos cinco anos.
Lusa
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