A primeira mulher a ter carteira profissional de jornalista em Portugal deixou-nos no dia 10 de Fevereiro. Nasceu a 31 de Agosto de 1911, em Lisboa, mas passou os seus primeiros anos de vida em Mangualde e Viseu. Para trás deixou um legado único na história do jornalismo português.
Em homenagem, João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, explicou à AliveFm que decidiram dar a uma das ruas do concelho o seu nome.
Ainda sem data estipulada, o autarca garante que o momento terá de ser o mais digno e mais oportuno para o fazer.
Quando entrou nas redações portuguesas, Manuela Azevedo foi tratada pelos homens com cavalheirismo, numa época em que eram poucas as mulheres que eram jornalistas.
Começou a sua carreira no jornal República, em 1930, para o qual escreveu um artigo a favor da eutanásia, que acabou por ser censurado.
Foi no Diário de Lisboa que aprendeu jornalismo e onde escreveu alguns dos seus trabalhos mais importantes. Em 1946, disfarçou-se de criada para chegar ao rei Humberto II de Itália, um político que estava exilado em Sintra. Conseguiu entrevistá-lo e vender a peça para vários órgãos internacionais.
A sua carreira ficou marcada pelas suas reportagens fora do que era habitual.
Com mais de 60 anos de profissão, acabou a carreira aos 85 anos, no Diário de Notícias.
A jornalista e escritora morreu aos 105 anos, no Hospital de São José em Lisboa.
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