A Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Conceição Azevedo, e a Presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Isabel Dias, deslocaram-se esta semana ao Bairro Municipal de Viseu para comprovar o estado da intervenção no local.
Na ocasião, foi também assinado o protocolo entre as duas entidades, que prevê o apoio financeiro à reconstrução de 40 casas daquele bairro histórico.
Integrado na Estratégia Local de Habitação (ELH) de Viseu, o protocolo prevê o financiamento de 50% da intervenção nestas habitações, sendo que o Município de Viseu tem a expetativa de garantir 100% do investimento através do Plano de Recuperação e Resiliência. “É com muita satisfação que vemos este projeto a concretizar-se no terreno. A reabilitação do Bairro Municipal de Viseu era uma das prioridades do Presidente António Almeida Henriques, que tinha com este espaço uma ligação emotiva”, afirmou Conceição Azevedo.
Também conhecido como Bairro da Cadeia, foi construído entre 1946 e 1948, por iniciativa da Câmara Municipal de Viseu e da então Direção-Geral de Urbanização.
Em 2014, o Executivo liderado por António Almeida Henriques suspendeu o processo de demolição e determinou a classificação do Bairro como Conjunto de Interesse Municipal, concretizada em janeiro de 2016.
Isabel Dias congratulou a autarquia viseense e adiantou que “a intervenção corresponde exatamente ao espírito do ‘1º Direito’, um programa que exige participação e interação. É uma visão integrada, que inclui as pessoas, os viseenses”.
Recorde-se que a ELH de Viseu, desenhada tendo por base um diagnóstico efetuado conjuntamente pela HABISOLVIS-E.M., Serviços Sociais do Município, Segurança Social, Juntas de Freguesia e demais Parceiros da área social, irá beneficiar 916 pessoas em processos de reabilitação, construção ou aquisição de habitação.
Durante o seu período de vigência, representará um investimento de aproximadamente 30 Milhões de Euros, com apoio do programa “1º Direito”.
O Bairro Municipal de Viseu nasceu na década de 40, pela mão do projetista Travassos Valdez, que adotou uma expressão próxima do conceito de “Arquitetura Tradicional da Casa Portuguesa”. Foram utilizados materiais como o granito, a madeira e a telha regional, com pequenos espaços interiores que tentavam responder à realidade socioeconómica, continuando no seu exterior com dois espaços de logradouro plantados ora com flores, ora com produtos agrícolas de primeira necessidade.
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