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Autarca de Viseu diz estar preocupado com falta de investimento na ferrovia

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, mostrou-se preocupado com as notícias sobre a execução do plano de investimentos ferroviários.

O autarca social-democrata disse que já previa “a fraca execução do plano de investimentos ferroviários” e lembrou que, nos últimos dois anos, fez várias perguntas ao Governo, não tendo recebido “uma resposta clara e inequívoca”.

Segundo Almeida Henriques, “o Governo deixou cair a ligação Cacia-Viseu-Mangualde, tentando dar com a outra mão a modernização integral da Linha da Beira Alta”, uma estratégia que vários autarcas da região aplaudiram.

O autarca recordou que se promoveram “algumas sessões mediáticas e viagens ministeriais no troço Luso-Mortágua, mas os milhões que na altura foram anunciados para a requalificação da Linha da Beira Alta não tiveram ainda aplicação prática”.

Na opinião do autarca de Viseu, as notícias das últimas semanas são um confronto com a “dura realidade”, porque “só 9% do Ferrovia 2020 terá chegado ao terreno” e, “dos 20 projetos apresentados pelo ministro Pedro Marques, apenas seis estão em obra e oito já deveriam estar concluídos”.

Almeida Henriques, reiterou “A falta de investimento na ferrovia hipoteca por muitos anos a modernização do nosso território e da nossa economia” e “este é um erro político que o país pagará muito caro”.

Para o antigo secretário de Estado adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, “o abandono do projeto de uma rede ferroviária nacional e o desperdício de fundos comunitários serão o crime capital” desta legislatura.

“Este é também o tempo de voltar a confrontar o ministro Pedro Marques, , com novas questões, depois de o próprio ter afirmado publicamente, em outubro de 2017, que até 2021 seriam investidos mais de 600 milhões de euros na modernização da Linha da Beira Alta”, sublinhou Almeida Henriques.

O presidente da Câmara de Viseu disse suspeitar que, futuramente, o sucessor do ministro Pedro Marques dirá “que, como não vai ser possível concretizar o investimento na Linha da Beira Alta, os fundos comunitários serão desviados para os metros de Lisboa e Porto e para a linha de Cascais”.

 

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