A oitava edição dos Jardins Efémeros, que arranca amanhã e se prolonga até ao próximo dia a 10 de julho, vai transforma o centro histórico de Viseu pela mão de artistas locais, nacionais e internacionais, tendo como tema o corpo.
Segundo a organização dos Jardins Efémeros, “nas oito categorias que o programa contém, o corpo – individual e coletivo, no espaço e no tempo é objeto e sujeito das transformações e interações diversas.
“As criações preparadas para esta edição procuram contribuir para uma reflexão sobre a pressão e as novas possibilidades que a vida humana se debate no mundo atual e teve por base a convicção de que permitirá uma enorme diversidade de abordagens artísticas e pedagógicas, pertinentes e plurais”.
A organização salienta que, “é urgente a sensibilização da população e da comunidade artística para a edificação de um mundo plural, agregador, justo, com esperança e criativo, num tempo em que a sustentabilidade do planeta e a vida humana estão em frágil equilíbrio”.
Partindo do tema do corpo, artistas locais, nacionais e internacionais vão levar para o centro histórico as suas criações artísticas na área da arquitetura, das artes visuais, do som, do cinema, da pólis, das oficinas, dos mercados, do teatro e da dança.
À escultora Fernanda Fragateiro caberá a intervenção na Praça D. Duarte, que propõe uma reflexão da cidade como uma forma de paisagem, introduzindo uma construção escultórica que “modifique a espacialidade da praça e simultaneamente transforme a contemplação em atualidade, a observação em deambulação e o observador num ativador do lugar”.
Esta criação, que cruza a escultura com a linguagem verbal e o espaço urbano envolvente, foi pensada para ser percorrida pelo corpo, “num jogo de fora e dentro, de ligações e atravessamentos, numa experiência para o corpo e para o olhar dos visitantes, de todas as idades”.
No que respeita ao som, o destaque da organização vai para a presença das nova-iorquinas ESG, que vão atuar no Adro da Igreja da Misericórdia, a 07 de julho, no âmbito da digressão de celebração dos 40 anos de carreira.
Estão também já confirmadas “as presenças da artista visual e música experimental francesa Félicia Atkinson, do luso-angolano Nástio Mosquito, da artista colombiana Lucrecia Dalt, [que] apresentará o último trabalho Anticlines, do compositor sérvio Abul Mogard e da produtora e artista sonora espanhola JASSS”, acrescenta.
À semelhança dos anos anteriores, os artistas locais e emergentes não foram esquecidos, e “têm o ponto de encontro num edifício desocupado do centro histórico da cidade, com trabalhos que têm por base reflexões sobre o papel do corpo”.
O programa inclui também momentos dedicados aos mais novos, com o projeto Casa do Sonho, e oficinas gerais destinadas ao público mais velho.
Nesta edição, haverá 51 oficinas, distribuídas por 112 sessões, criando 1.823 vagas, em áreas como artes visuais, conhecimento, artes decorativas, educação, artes plásticas, ciência, culinária, dança, saúde e natureza, música, ilusionismo, cidadania e teatro.
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