Este sábado, dia 17 de março, no auditório da Universidade Católica decorreu o IV Fórum de Ideias Viseu Educa, desta vez as explanações e conversas gravitaram em torno da Flexibilização Curricular.
Na abertura do dia a Vereadora da Educação falou para uma sala cheia. O tema principal era a flexibilidade curricular, um programa que permite às escolas, entre outras novidades, gerir 25% da sua carga horária. Cristina Brasete lembrou a inovação patente no Viseu Educa, um programa disruptivo que permite pôr toda a comunidade educativa a trabalhar em prol de uma geração futura. Onde há espaço para as artes, para o desporto, cultura, línguas mas acima de tudo para a inclusão. João Paulo Balula, Presidente da Escola Superior de Educação, completou o raciocínio dizendo que o Viseu Educa “além de desenvolver o conhecimento tem conseguido valorizá-lo, construí-lo e partilhá-lo pondo-o à disposição da comunidade”.
Inovação e inclusão não faltaram num congresso que foi traduzido, em simultâneo, para língua gestual pela mesma técnica do programa LGP Kids, do Viseu Educa, que ensina esta língua a mais de 200 crianças do município.
O Presidente da Câmara de Viseu também marcou presença no evento do fim-de-semana e começou por salientar o ponto de partida mais importante. “Temos um objetivo comum, prático, e de grande responsabilidade que é preparar os nossos filhos, e os nossos jovens, para o futuro num mundo que evolui em velocidade elevada”. Foi assim que o autarca fez a ponte para a inovação que é preciso haver também nas escolas, lembrou que tudo aquilo com que interagimos hoje tem uma componente prática mais tecnológica e que os jovens, mais que nunca, precisam desses estímulos.
Deu como exemplo a cidade que é já inteligente e que é preciso ter-se noção que hoje a inovação é a voz que mais ordena. “As cidades que não souberem responder a um conjunto de desafios, estarão certamente fora. Se estamos a dar um salto tão grande do ponto de vista da cidade do futuro, não podemos deixar de fazer o mesmo com os nossos jovens”.
Neste ambiente de inovação e partilha de saber o Viseu Educa é exemplo onde “a autarquia é um polo coordenador de toda a dinâmica, envolvendo todos os que fazem parte do projeto educativo”. O Presidente reforçou a ideia que defende e que é usada no município, “o triangulo mágico: educação, desporto e juventude”.
“As coisas mudaram muito e obrigam-nos a responder a essas mudanças”, Almeida Henriques reconhece que às vezes as mudanças são simples
sugere aos professores que “olhem para a sala de aula, para o aspeto curricular e para todos os instrumentos que têm à disposição”. Assim o autarca pediu que ao longo da manhã se percebesse “como é que de forma disruptiva podemos responder aos anseios dos jovens?”
E a plateia, com mais de duas centenas de inscritos, respondeu ao desafio. A Professora Ariana Cosme e o Professor Rui Trindade, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Cidade do Porto, partilharam os desafios da flexibilidade Curricular para as Escolas, Professores, Alunos e Famílias.
Mais tarde foi a vez dos alunos da Escola Básica Integrada e Secundária Jean Piaget, impulsionados pelo Diretor Pedagógico, Rui Cancela, o Coordenador do 3º ciclo, Ricardo Lopes, e a Coordenadora do 2º Ciclo, Cristina Almeida, contarem na primeira voz a experiência de instaurar a flexibilidade Curricular. De lembrar que esta foi a única escola no Município que instaurou o programa este ano letivo.
Até à hora de almoço houve tempo para mais debate de ideias, partilha de histórias e opiniões. Todas as dúvidas e questões foram respondidas sempre com os alunos e o futuro da comunidade educativa em análise. Porque como salientou Carlos Figueiredo, Visprof, “quem está em circuitos fechados nunca consegue ir mais além”. O Fórum encerrou no sábado com a certeza de voltar em julho.
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