Última etapa do serviço educativo decorre esta quarta-feira, 26 de junho, na aldeia de Várzea de Calde. Cerca de 150 crianças do concelho participaram nas ações educativas, financiadas pelo VISEU CULTURA
A Academia do Linho de Várzea de Calde encerra a sua primeira edição com a etapa “Arrancar, Ripar e Curtir”, concluindo assim as cinco fases do ciclo do linho que, desde setembro de 2018, levaram à aldeia-milagre cerca de 150 petizes.
A quinta e última atividade terá os campos de linho da aldeia e o Rio Vouga como cenário, para além do próprio Museu e Associação. Nesta etapa, ainda nos campos, a experiência passa por arrancar as plantas de linho, que são depois juntas e atadas em molhos. Desta forma, em locais próprios para o efeito, as plantas podem secar.
Ainda nesta etapa, a baganha, cápsula que envolve as sementes – é separada do resto da planta, através do ripanço, sobrando, apenas, os caules. Através destes, a fibra é produzida. A baganha ao ser peneirada e disposta ao sol abre e a sua semente, a linhaça, solta-se.
O final do processo é marcado pela curtição das plantas ripadas no ribeiro, neste caso, no Rio Vouga, onde, depois, são separadas as fibras, o linho é lavado e deixado num terreno para secar e corar.
Para além das atividades no exterior, os pequenos aprendizes terão ainda uma atividade criativa de pintura no linho, que desenvolverão durante a tarde.
Conhecer de perto a arte ancestral do linho e participar deste ciclo anual, vestindo a pele de repórter, investigador e agricultor, é o desafio que a Academia do Linho de Várzea de Calde coloca aos mais pequenos, em pleno mundo rural.
A iniciativa é promovida pela Cooperativa do Linho de Várzea de Calde, o Grupo Etnográfico local e as Escolas Superior de Educação e Agrária de Viseu, contando com a parceria e o apoio do Município de Viseu e do seu Museu do Linho de Várzea de Calde. As ações educativas têm financiamento ao abrigo da linha “Revitalizar”, do programa municipal VISEU CULTURA.
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